domingo, 16 de fevereiro de 2014

Elefantes são explorados pela indústria turística na Tailândia

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Elefantes explorados em passeios turísticos na Tailândia
Na Tailândia, elefantes são vistos como atrações turísticas por muitas pessoas, usados em shows onde eles dançam, pintam ou se engajam em atividades que não são para eles. Embora esses gigantes gentis possam parecer imperturbáveis com um humano sentado em suas costas, a realidade desconcertante é que os animais que são mansos o suficiente para carregar pessoas tiveram que enfrentar um treinamento abusivo para se comportar desta forma. As informações são do The Dodo.
“A ideia de viajar para a Tailândia evoca muitas imagens românticas e exóticas – desde as ruas frenéticas de Bangkok, a templos dourados e budas gigantes, até as ilhas com palmeiras e, é claro, elefantes, o símbolo nacional do país”, afirma a americana Karen Bakar, da March For Elephants que fez uma viagem com sua família e se recusou a financiar o cruel turismo que explora esses grandes mamíferos na região.
“Podem me chamar de estraga-prazeres quando eu nego aos meus filhos esta chamada oportunidade única, mas tudo o que precisamos é de alguns minutos de pesquisa para descobrir as táticas desumanas que são regularmente utilizadas para preparar os elefantes para serem instrumentos de entretenimento de turistas ou artistas de circos. Uma vez que os meus filhos aprenderam a verdade, eles também não tiveram interesse em fazer parte dessa crueldade animal”, relata Karen a respeito de sua viagem.
Os elefantes na Tailândia eram utilizados para transportar carga para a indústria madeireira, até essa prática ser proibida em 1989. Considerados inúteis para o trabalho, muitos destes animais literalmente acabaram nas ruas ou no comércio turístico.
A triste realidade é que fazer um elefante ser obediente e amigável com pessoas requer um processo árduo de treinamento chamado “crush”, que envolve acorrentar o pobre animal em um recinto fechado, apontando-o constantemente um instrumento afiado e deixando-o sem comida e sem água durante vários dias. O objetivo é quebrar o espírito selvagem nato do elefante, de modo que ele possa ser treinado para fazer o que os seus domadores querem, e o que os turistas gostam de ver.
Elefante se equilibra em corda bamba
Elefante se equilibra em corda bamba
Karen afirma que antes de viajar pediu à sua filha que pesquisasse sobre os animais e descobrisse um lugar que sua família poderia visitar sem que eles financiassem os maus-tratos. Isso significava nenhum passeio, nenhum show, nada de animais jogando com bolas de futebol ou fazendo pinturas. Elas descobriram um lugar chamado Elephant Nature Park (ENP) em Chiang Mai, na parte norte do país.
“No dia da nossa visita, o pessoal nos pegou em nosso hotel em Chiang Mai e nos levou em uma viagem de uma hora e meia para a selva. O ENP está situado em uma magnífica reserva de várias centenas de acres cercada por montanhas verdejantes e um rio em que os elefantes gostam de se banhar. Há cerca de 30 membros na manada – a maioria do sexo feminino, além de 3 filhotes adoráveis​​, que estão constantemente sob o olhar amoroso e protetor de suas mães e das outras fêmeas. Com exceção dos bebês, os elefantes foram resgatados das indústrias turísticas ou de entretenimento, e muitos ainda têm ferimentos sofridos durante esta experiência. No ENP, eles agora são capazes de andar livremente e vivem felizes.”
O parque se baseia, em parte, na ajuda de voluntários para operar e limita o número de visitantes, por isso nunca está super lotado. O passeio incluiu um almoço vegetariano. “Meus filhos também gostaram de ver – e em alguns casos, de interagir – com os outros animais que chamam o ENP de lar. Depois das devastadoras inundações em Bangkok no ano de 2011, a fundadora do ENP, Sangduen Lek Chaillert, resgatou centenas de cães da capital da Tailândia. Eles agora estão abrigados no local, misturando-se aos elefantes residentes, gatos e búfalos”, diz Karen.
Lek cresceu com elefantes nas montanhas do norte da Tailândia, por isso desenvolveu um profundo afeto por eles desde uma idade precoce. Ela trabalha incansavelmente para pôr fim aos maus-tratos generalizados aos elefantes em seu país. Com o ENP e outros projetos relacionados, ela educa os turistas sobre a situação dos elefantes asiáticos, oferece atendimento veterinário para paquidermes explorados, e luta por leis de proteção a esses animais.
“O dia da nossa família no ENP nos trouxe uma mudança de vida, e eu vou voltar em 2015 para me oferecer como voluntária por uma semana. Nunca tinha estado tão perto de um elefante, o que foi, em uma palavra, mágico. Os elefantes no ENP estão autorizados a fazer o que gostam – eles rolam na lama, consomem grandes quantidades de frutas e legumes, e socializam-se com os outros. Ao contrário de um show de elefantes ou um circo, a interação com os animais no ENP é respeitosa”, concluiu Karen.

fonte>anda.jor

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