Eles só precisam de um nome e de um lar. De todas as idades e temperamentos, sem raça definida, mas com uma vontade de viver sem limites. Pela primeira vez em Pernambuco, o Centro de Vigilância Ambiental (CVA) - em parceria com o Movimento de Defesa dos Animais (MDA/PE) - promove uma campanha para a adoção de bichos em situação de vulnerabilidade. Neste sábado (26), a partir das 8h, na Praça da Avenida do Forte, nos Torrões, dez cães que estavam na fila para o sacrifício aguardam a oportunidade de recomeçar. Eles são apenas os primeiros a participar da campanha que pretende encontrar uma casa e companhia para todos os animais que ocupam o canil do estado.
A medida simples, mas inovadora partiu da percepção de que muitos dos bichinhos recolhidos não oferecem riscos à população e a proximidade deles com outros infectados pode ser fatal. “A partir de conversas do nosso conselho gestor com o MDA, conseguimos classificar os que possuem perfil para a adoção. Só sacrificamos animais doentes, esses estão sadios, mas podem acabar adoecendo, se continuarem aqui”, informou o gerente do CVA, o veterinário Amaro Souza. Atualmente, o centro abriga 40 cães e gatos, muitos deles foram recolhidos pela Justiça por serem vítimas de maus tratos.
Durante toda a semana, protetores de animais estiveram no CVA preparando os cães que serão apresentados na feira de adoção. Após passar pela cirurgia e serem vacinados, eles tomaram banho e foram tosados, tudo feito graças a boa vontade dos voluntários. “Estamos cuidando do exterior e do interior. É preciso recuperar o psicológico deles. Muitos foram abandonados, estão traumatizados e não podem ficar aqui esquecidos, como se não bastasse todo o sofrimento que já passaram. Lutamos pela dignidade animal”, salientou a defensora Neuma Cordeiro.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, existem movimentos focados na fiscalização e contribuição com os centros de zoonose, mas essa não é a realidade de Pernambuco. “Os animais são deixados aqui e ponto. Ninguém analisa as eutanásias e o resto do trabalho do CVA. As pessoas sequer sabem que os animais que estão aqui podem ser adotados. Eles esperam 90 dias, caso não apareça ninguém, morrem. Essa realidade que precisa ser mudada”, complementou.
De acordo com o gerente do CVA, esta é a primeira edição da campanha, mas não será a última. “Nosso plano é estender esse evento, colocar cães e gatos. No próximo ano, queremos que todos os nossos animais possam ter uma nova chance. Não somos um abrigo e eles precisam de um lar de verdade. Os que não tiverem condições, obviamente não participaram, mas não podemos ficar com todos”, explicou Amaro Souza.
A campanha de adoção do CVA acontecerá em paralelo a campanha nacional de vacinação contra raiva. Todos os animais participantes do evento do centro de vigilância já estão devidamente castrados, vacinados e microchipados (com um chip de identificação).
Por Adaíra Sene
fonte:.pernambuco.com
A medida simples, mas inovadora partiu da percepção de que muitos dos bichinhos recolhidos não oferecem riscos à população e a proximidade deles com outros infectados pode ser fatal. “A partir de conversas do nosso conselho gestor com o MDA, conseguimos classificar os que possuem perfil para a adoção. Só sacrificamos animais doentes, esses estão sadios, mas podem acabar adoecendo, se continuarem aqui”, informou o gerente do CVA, o veterinário Amaro Souza. Atualmente, o centro abriga 40 cães e gatos, muitos deles foram recolhidos pela Justiça por serem vítimas de maus tratos.
Durante toda a semana, protetores de animais estiveram no CVA preparando os cães que serão apresentados na feira de adoção. Após passar pela cirurgia e serem vacinados, eles tomaram banho e foram tosados, tudo feito graças a boa vontade dos voluntários. “Estamos cuidando do exterior e do interior. É preciso recuperar o psicológico deles. Muitos foram abandonados, estão traumatizados e não podem ficar aqui esquecidos, como se não bastasse todo o sofrimento que já passaram. Lutamos pela dignidade animal”, salientou a defensora Neuma Cordeiro.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, existem movimentos focados na fiscalização e contribuição com os centros de zoonose, mas essa não é a realidade de Pernambuco. “Os animais são deixados aqui e ponto. Ninguém analisa as eutanásias e o resto do trabalho do CVA. As pessoas sequer sabem que os animais que estão aqui podem ser adotados. Eles esperam 90 dias, caso não apareça ninguém, morrem. Essa realidade que precisa ser mudada”, complementou.
De acordo com o gerente do CVA, esta é a primeira edição da campanha, mas não será a última. “Nosso plano é estender esse evento, colocar cães e gatos. No próximo ano, queremos que todos os nossos animais possam ter uma nova chance. Não somos um abrigo e eles precisam de um lar de verdade. Os que não tiverem condições, obviamente não participaram, mas não podemos ficar com todos”, explicou Amaro Souza.
A campanha de adoção do CVA acontecerá em paralelo a campanha nacional de vacinação contra raiva. Todos os animais participantes do evento do centro de vigilância já estão devidamente castrados, vacinados e microchipados (com um chip de identificação).
Por Adaíra Sene
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