A Câmara da Carregal do Sal colocou a funcionar provisoriamente um centro de recolha de cães até que se concretize um projeto intermunicipal, avançou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Atílio dos Santos Nunes.
O Centro de Recolha de Canídeos provisório foi adaptado de um canil municipal e tem, neste momento, 42 animais.
“Uma senhora que tinha quase 60 cães em casa morreu num desastre, os animais ficaram abandonados e nós decidimos pegar no projeto”, contou o autarca.
A autarquia reparou as instalações, dotou-as de água para as limpezas e banhos dos animais e também de meios humanos.
Segundo Atílio dos Santos Nunes, além do acompanhamento do veterinário municipal, a câmara contratou um funcionário para, diariamente, alimentar os animais e lavar as instalações.
“Temos lá cães muito bonitos e muito bem tratados e as pessoas têm estado a aderir à adoção”, congratulou-se o autarca, contando que, no espaço de um mês, o número de animais do centro baixou para 42.
Garantiu que no centro “todos os animais são bem tratados e ficam prontos para ser adotados” e o recurso à eutanásia só acontece em caso de doenças incuráveis.
A autarquia está a sensibilizar a população, nomeadamente através das Juntas de Freguesia e da GNR, para o facto de a lotação do centro ser limitada, apelando por isso a “adoções responsáveis” e também à oferta de géneros e de voluntários.
“Muitos dos animais recolhidos têm dono e estão a ‘dar uma volta’. Não se podem soltar os cães para ‘dar uma volta’, quer seja à noite, quer seja ao fim de semana. Legalmente não é possível e eles soltos juntam-se e causam problemas”, pode ler-se numa circular.
O documento lembra ainda que, “hoje em dia, ter um animal de estimação exige responsabilidade, tempo e dinheiro”, nomeadamente para passeios, higiene, alimentação e cuidados veterinários.
Segundo Atílio dos Santos Nunes, o projeto do canil intermunicipal – que deverá envolver Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Tondela, Mortágua e Tábua – “está a avançar”.
A autarquia de Santa Comba Dão já adquiriu um terreno para esse fim e o projeto, que está a ser preparado, deverá depois ser candidatado ao Quadro de Referência Estratégico Nacional, acrescentou.
AMF.
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