Malam Cassamá, director geral responsável pela caça e floresta, decretou o fim da caça a alguns dos mais emblemáticos animais da fauna guineense.
A partir de Janeiro, ficou expressamente proibida a caça a qualquer tipo de símios, grandes felinos, hipopótamos, onças e búfalos, entre outros. O objectivo destas medidas é, não só proteger o património natural da Guiné-Bissau, já que algumas destas espécies se encontram perto da extinção no país, mas também responder às exigências internacionais pelos acordos assinados, no sentido de proteger esses bens essenciais pelas autoridades guineenses.
O território da Guiné-Bissau é habitado e visitado por uma fauna variada e riquíssima que tem vindo a ser delapidada por caçadores clandestinos e populações, quer para alimentação, quer para a medicina tradicional local.
Estas medidas são ainda extensivas a um conjunto de árvores que têm sofrido abates significativos, provocando já em alguns locais o desmatamento de grandes zonas.
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As punições não se ficam só para quem for apanhado a caçar ilegalmente, mas também para quem, de alguma forma, comercializar algum tipo de produto derivado das espécies animais ou vegetais proibidas, mesmo que o seu abate tenha sido anterior à entrada em vigor destas novas determinações.
Não será fácil às autoridades guineenses implementar estas leis, mas é um começo e pode ser, no futuro, um trunfo económico importante. Espera-se que aconteça o mesmo que noutros países africanos, onde a proibição da caça permitiu que hordas de turistas começassem a visitar os parques naturais e regiões mais recônditas, para observar os animais no seu estado selvagem. O equilíbrio entre o turismo e a protecção das espécies foi conseguido em alguns destes países, permitindo uma entrada significativa de divisas. O resultado final é um evidente beneficio para as populações que, participando num esforço que é pedido a todos os cidadãos do país, acabam por passar a ter uma vida melhor.
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