sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Entidades denunciam maus tratos no Centro de Zoonoses


A audiência que durou mais de três horas ocorreu no MPE
Entidades e voluntárias denunciaram maus tratos (Fotos: Portal Infonet)
Na manhã desta quarta-feira, 23, durante audiência na promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE) a promotora Adriana Ribeiro Oliveira ouviu inúmeros relatos de representantes de entidades de defesa dos animais sobre maus tratos e a falta de instalações adequadas no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
A audiência que durou mais de três horas emocionou a muitos presentes quando a voluntária da Associação Defensora dos Animais São Francisco de Assis (Adasfa), Nazaré Moraes, apresentou um extenso relatório com imagens de cães doentes que estão sendo sacrificados no Centro de Zoonoses. As imagens mostram ainda animais em locais inadequados com higiene comprometida. Muitos animais expostos em um corredor a espera da morte.
A voluntária disse ainda que animais com diagnóstico da leishmaniose são sacrificados no centro, muitos sem a realização de exames clínicos e laboratoriais. Mostrando uma foto de um animal com a sorologia positiva para a doença, Nazaré Moraes frisou que após tratamento adequado o cão refez os exames e deu negativo para leishmaniose. “Se este cão estivesse no CCZ não teria a mesma sorte e teria sido sacrificado”, disse.
A audiência durou mais de três horas
O coordenador do Centro de Zoonoses, Paulo Thiago dos Santos, negou qualquer situação de maus tratos no centro, mas admitiu que não possui estrutura para tratar de animais muitas vezes abandonados pelos donos. “97% dos cães apreendidos têm donos e somente 0,7% não tem dono. Muitas vezes os donos soltam pelo dia e prendem o animal à noite. O que acontece é que o animal fica doente e este dono abandona e o Centro de Zoonoses não tem estrutura para cuidar desses animais”, ressalta.
A promotora Adriana Ribeiro Oliveira frisou que aguardará um relatório técnico que será realizado por diversos órgãos para se pronunciar sobre o assunto.
Por Kátia Susanna
infonet.com.br

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