Temple Grandin fica no meio dos animais de um rebanho para enxergar os problemas que eles enfrentam. [Imagem: Rosalie Winard/BBC] |
Diferenças construtivas
"Albert Einstein hoje seria diagnosticado como autista. Ele não falou até os três anos de idade.
"Steve Jobs, o fundador da Apple, foi perseguido por seus colegas de escola e era considerado um solitário, estranho, quando estava na escola."
"As pessoas diferentes são capazes de conseguir coisas grandiosas."
É assim que a norte-americana Temple Grandin vê a si própria e a pessoas que possuem "talentos especiais".
Temple foi diagnosticada com autismo durante a infância. Quando era criança, não se relacionava com outras pessoas e só começou a falar aos quatro anos de idade.
Hoje, ela é uma celebridade, foi tema de filmes, dá aulas na Universidade de Colorado, é assessora do governo dos Estados Unidos e uma autoridade mundial em saúde animal.
Pensamento visual
A empatia de Temple com o gado e sua capacidade de entender o que os animais sentem levou à introdução de uma série de mudanças radicais no trabalho com o gado e na indústria de carne norte-americana.
Ela afirma que o autismo está na raiz de sua habilidade.
"O autismo me ajuda a entender o gado", disse Temple em entrevista à BBC.
"Penso de forma totalmente visual e é assim que os animais pensam. Minhas memórias são fotográficas e este pensamento visual me permite perceber detalhes que podem aterrorizar os animais, como as sombras, os reflexos no metal ou uma entrada que é muito escura."
A professora afirmou que suas memórias parecem um vídeo que ela pode passar várias vezes em sua mente, explorando cada detalhe.
Segundo ela, tanto a "mente autista como a mente animal" notam detalhes que podem parecer mínimos para outras pessoas.
Tratar bem os animais
Em um dos casos em que trabalhou, ela notou que o gado parava abruptamente na entrada de um curral e que isso ocorria devido aos objetos que estavam espalhados no caminho dos animais.
Em outro caso, o que assustava os animais era uma entrada muito escura. Ao invés de reconstruir o curral, a abertura de uma janela foi o suficiente para resolver o problema.
A professora afirma que a principal razão de mudar o tratamento dos animais é que "eles são capazes de sentir tanto medo como dor".
Alguns críticos perguntam a razão de se melhorar o bem-estar do gado se eles serão mortos para o consumo humano e se o melhor seria simplesmente não matar estes animais.
"Quando me perguntam como posso justificar a matança de animais para o consumo de sua carne, minha resposta é a seguinte: o gado não teria nascido se não os tivéssemos criado com fins alimentícios. Devemos dar a eles uma vida boa e uma morte sem dor", afirmou Temple.
Fonte: diariodasaude
"As pessoas diferentes são capazes de conseguir coisas grandiosas"
Se não tivéssemos criado o gado para fins alimentícios ainda haveriam AUROQUES, os Bus Taurus originais...hipocrisia, a única carne que consumo AINDA é a que faz parte da ração com que alimento meus cães (sei que existe a FRIDOG veg, pretendo, na cautela, experimentar), afora isso os passos que pude já dei, mas outros ainda vou dar. Pra quem acha que há um limite, a carne produzida em laboratório já é possível, vai sim se tornar uma realidade palpável, e com ela virá uma utilidade não apenas pra consumo alimentício, como também pra experimentações científicas!!! será o fim da tortura, dor, sofrimento e escravidão dos animais de laboratório, abate...mas muita luta ainda irá acontecer, esta pobre mulher que tinha um dom com o qual poderia evoluir espiritualmente essa patética humanidade, preferiu se recolher no atraso, uma prova de que a maldita indústria pecuária, os conglomerados laboratoriais, não facilitarão que a carne vinda da não escravidão e prepotencia se torne realidade. Até lá infelizmente além do que se é possível fazer, só resta aprender a lamentar...
ResponderExcluirUlysses Pedrilho