Enzimas digestivas do civeta fazem café ganhar mais aroma | Foto: Reprodução Internet
Rodeados de terraços de arroz e templos hinduístas, mais de 25 cafezais do norte da ilha de Bali se dedicam a produzir Kopi Luwak, apesar disso "a produção total nacional não chega nem aos 1.500 kg", disse a jovem especialista.
No passado, os produtores recolhiam os sedimentos das civetas na floresta, no entanto, há alguns anos a maioria conta com fazendas onde mantêm os animais enjaulados, uma medida que propiciou o sucesso deste tipo de café.
Para que os visitantes compreendam o difícil processo que há por trás de sua xícara de café, muitas fazendas como a de Wati permitem visitas às civetas, assim como alimentá-las com grãos para ver como escolhem as melhores. Os visitantes também têm aoportunidade de contemplar os sedimentos cheios de grãos de café e observar o processo de limpeza e de tosta.
"Deste modo, apreciam melhor nosso trabalho", disse.
O café, de forte aroma e intenso sabor com pitadas de caramelo e baunilha, fez sucesso entre os paladares mais apurados dos países europeus, Japão e dos Estados Unidos, no entanto, na Indonésia não faz muito sucesso entre a maioria dos consumidores.
Embora o principal mercado continue sendo o local, quase todas as pequenas empresas que se dedicam a produzir este café procuram aumentar sua exportação, já que no país asiático uma xícara custa cerca de US$ 6, enquanto nas capitais de outros países do mundo seu preço oscila entre US$74 e US$123.
Gusti, um hoteleiro da cidade balinesa de Ubud, explicou à Efe que o café "é caro demais" para os salários indonésios, motivo pelo qual a imensa maioria das cafeterias do país não o oferecem a seus clientes, e que, além disso, o sabor é muito forte.
"Ao contrário dos estrangeiros, os indonésios preferem comer pimenta e beber doce. Eu prefiro tomar café mais normal, para mim é amargo demais", argumentou.
As informações são da EFE