Lobo, que morreu após ser arrastado pelo tutor em Piracicaba (Foto: Edijan Del Santo/EPTV)
A Justiça de Piracicaba (SP) realizou, nesta quarta-feira (8), a última audiência para ouvir testemunhas no julgamento do mecânico Cláudio César Messias,acusado de ter arrastado o próprio cachorro (o rottweiler Lobo) por um quilômetro em novembro do ano passado. Após ouvir testemunhas de defesa e acusação, o juiz abriu prazo para manifestações e deve expedir uma sentença até o fim do mês. O réu abriu mão de falar.
Segundo a acusação, Messias amarrou o cão a uma caminhonete e o arrastou deliberadamente por alguns quarteirões. Quando a corda se soltou, foi embora sem prestar auxílio ao animal. Em sua defesa, o mecânico alegou que Lobo caiu da carroceria e ele acreditou que o cão estivesse morto. Dias após o acidente, o cachorro morreu em função dos ferimentos.
Depois da audiência desta quarta, o juiz Ettore Avolio abriu prazo de cinco dias, contados a partir da notificação oficial, para a manifestação do Ministério Público Estadual no caso. Depois disso a defesa terá mais cinco dias para fazer suas considerações finais e, só então, o juiz poderá dar a sentença.
Messias está sendo julgado por maus-tratos ao animal, crime com pena prevista de três meses a um ano de detenção. Pode ser acrescido mais um ano em função da morte do rottweiler. A punição, no caso, poderá ser convertida em penas alternativas, como o pagamento de cestas básicas ou prestação de serviços.
Claudio César Messias não quis testemunhar em audiência no Fórum (Foto: Nikolas Capp/G1)
Audiência
Antes da audiência, em que foram ouvidas as testemunhas de defesa, houve um pedido de adiamento do advogado de Messias, José Silvestre. Ele alegou que tinha uma audiência no Rio de Janeiro no dia anterior e que não poderia comparecer. O juiz não acatou a solicitação e manteve a oitiva. Uma advogada de plantão da Defensoria Pública foi designada para substituir Silvestre.
A ex-mulher e o filho testemunharam em favor do réu. Messias não depôs e, segundo o juiz, não terá outra oportunidade. O mecânico alegou que não falaria na ausência do advogado e manteve-se em silêncio. Nas considerações finais da audiência, o magistrado ressaltou que o filho de Messias, por ter laços sanguíneos e por não ter presenciado o fato, poderia ser descartado como testemunha.
Fonte: G1
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