sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Morador de rua de Santos (SP) quer se livrar das drogas e busca lar para cão


Bruno quer achar família para adotar o companheiro Dock (Foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1 Santos)
O morador de rua Bruno Cerosoli, de 26 anos, em um gesto de compaixão, resolveu que seu cão merece um novo lar. Cerosoli, que vive em uma praça em Santos, no litoral de São Paulo, é dependente químico e está disposto a se internar em uma clínica de reabilitação. Para isso, ele pretende encontrar uma família que se disponibilize a cuidar do animal.
A história de Bruno e o cachorro vira-lata Dock comoveu algumas moradoras que vivem perto da praça. Elas sempre iam ao local para levar ração e cobertores para Dock. Em uma dessas idas, Cerosoli decidiu pedir ajuda. “Como eu estou sempre na praça alimentando o cachorro e alguns gatos, o Bruno me conheceu e resolveu vir pedir ajuda, perguntando se eu poderia ficar com o Dock para ele se internar e tratar a dependência química”, explica a professora Suzete Dacal. O problema é que a professora e as colegas não tem condições de ficar com Dock, por já possuírem outros animais em casa. Por isso, Suzete e as amigas Tatiana Fernandes e Bruna Dias se engajaram em tentar ajudar divulgando o caso.
O primeiro tutor de Dock, que morava na mesma praça em Santos, foi preso há cerca de seis meses. Com isso, Bruno Ceroseli “adotou” o cão enquanto o colega está detido. “Ele merece ser adotado para ter uma vida digna, já que ele sempre luta pela gente”, diz Bruno. Seguno o morador de rua, Dock sempre defende os moradores da praça quando há alguma agressão contra eles. Segundo o morador de rua, o cão já chegou a ser agredido também.”Não quero simplesmente abandoná-lo. Para eu me internar e ficar tranquilo preciso saber que ele está sendo bem cuidado por uma família”, diz Bruno.
A vizinha Tatiana Fernandes afirma que o cachorro já foi ao veterinário para ser examinado, tomou banho e vacinas e, de acordo com os médicos que o examinaram, ele tem entre cinco e oito anos de idade. O cão ficará temporariamente no apartamento de uma moradora, mas ele tem que achar um lar até o dia 17 de agosto, senão voltará para as ruas. “O Dock é muito dócil, fiel e carinhoso, além de ser brincalhão e gostar de crianças. Queremos muito achar um lar para ele”, fala Tatiana.
Fonte: G1

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