De norte a sul de Portugal, cada vez se vêem mais animais abandonados, errantes e assilvestrados. Uns vagueiam sem destino, à fome e à sede, à chuva e ao frio, à procura de uma alma boa que os acolha, adopte e proteja. Sedentos de carinho, os seus olhos espelham a tristeza da solidão e o medo do perigo que os espreita a qualquer momento.
Outros são vítimas de acidentes dos mais diversos tipos. Outros ainda, são escorraçados, mal tratados e cruelmente assassinados. Para além destas cenas, chocantes e deprimentes, é revoltante constatar que em certos canis e centros de recolha oficiais, são praticados abates de maneira violenta e desumana, em detrimento da esterilização, que seria a forma mais ética de controlar a população de animais nessas condições. Não fosse o esforço e dedicação de pessoas, grupos e associações, que dispensam parte do seu tempo livre, sacrificando horas de descanso e de assistência à família, recolhendo, alimentando, esterilizando e conseguindo adopções, num trabalho hercúleo e altruístico, o número desses animais já teria aumentado assustadoramente.
Faço um apelo a todos os políticos e deputados, particularmente ao governo de Lisboa e ao Sr. Presidente da República, que gerem os destinos do país, da sua gente e do seu património, para que tenham compaixão por todos os animais d’aquém e d’além Tejo, para que sejam protegidos por leis específicas, contra o abandono, maus tratos e violência, de que são alvo, e os reconheçam definitivamente como Seres Sencientes, e não ” coisas móveis “, como são definidos pela lei actual. Que os Direitos dos Animais sejam reconhecidos e regulamentados, e que tal facto conste da Constituição , como acontece em vários países do mundo.
Esta nobre atitude, fará com que as futuras gerações vos recordem com enorme respeito e admiração, e sinta orgulho dos seus ” egrégios avós “.
Como disse Almada Negreiros: ” Seremos sempre primatas dos que vierem depois de nós.”
Pela Defesa dos Direitos dos Animais, pela alteração dos códigos Civil e Penal e criminalização dos maus tratos e abandono.
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