quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cão impede desmatamento de reserva indígena ao deitar-se em frente a caminhões, no DF


a Redação)
Um cão, chamado Guerreiro, no última dia 10, deitou-se no meio de uma pista onde caminhões derrubariam árvores da reserva indígena Santuário dos Pajés – num aparente gesto de protesto espontâneo à invasão que estava prestes a acontecer.
Voluntários, ativistas e simpatizantes da causa indígena comemoraram o acontecemento e louvaram o cão como símbolo da luta dos índios pela sua terra.
A Reserva
O Santuário dos Pajés é uma área de uso tradicional indígena situada na antiga Fazenda do Bananal, ou Terra Indígena Bananal. O Santuário abriga índios de diversas etnias, principalmente os Tapuya-Fulni-ô e é um centro religioso e de culto de diversas tradições religiosas, além de ser um ponto de encontro para a população indígena nacional e internacional. Existem evidências arqueológicas que comprovam o exercício dessas funções há séculos.
Nos últimos anos, o projeto especulativo do Setor Noroeste vem atacando esse território sagrado sem levar em consideração a legislação que garante os direitos dos povos indígenas às terras de uso tradicional e religioso. Até 2009 e 2010, a terra era do Poder Público, que há décadas atrás comprou a antiga fazenda Bananal. Mesmo ciente da existência desse Santuário, o GDF, por meio da Terracap, realizou sob imensos protestos, leilão dessas terras para empreiteiras interessadas em construir o Setor Noroeste.
O Ministério Público conseguiu uma liminar na Justiça que inviabilizava obras no local reivindicado pela comunidade indígena até que o processo de demarcação fosse concluído. Infelizmente esta liminar caiu no mês de agosto.
anda.jor.br

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