sexta-feira, 11 de maio de 2012

Plástico se multiplica no Pacífico e muda a vida do ecossistema local

A quantidade de fragmentos plásticos flutuando no oceano Pacífico cresceu cem vezes nos últimos 40 anos, segundo um levantamento feito pelo Instituto de Oceanografia Scripps e publicado no periódico Biology Letters.



Atualizado em  10 de maio, 2012 - 07:01 (Brasília) 10:01 GMT
A quantidade de fragmentos plásticos flutuando no oceano Pacífico cresceu cem vezes nos últimos 40 anos, segundo um levantamento feito pelo Instituto de Oceanografia Scripps e publicado no periódico Biology Letters.
Grande parte desse lixo se acumula em correntes entre o Havaí e a Califórnia, formando uma "ilha de plástico" e mudando profundamente o ecossistema local.
O lixo que não afunda acaba se fragmentando em pequenos pedaços e virando parte da alimentação dos animais marinhos.
Temor é o efeito tóxico que pode decorrer do fato de os animais se alimentarem de plástico
Outro estudo do instituto Scripps mostra que 9% dos peixes coletados em uma expedição feita em 2009 tinham resíduos plásticos em seus estômagos.
Outras consequências inesperadas foram identificadas pelos pesquisadores: uma espécie de inseto marinho, por exemplo, está usando o plástico como uma plataforma para depositar os seus ovos. O efeito, nesse caso, é que a população do inseto (Halobates sericeus) aumentou.
Isso mostra, ao mesmo tempo, que as espécies marinhas terão que se adaptar cada vez mais à presença objetos flutuantes na água, explicam os cientistas.
"O plástico adicionou milhões de superfícies duras ao oceano Pacífico. Isso representa uma grande mudança (ao ecossistema)", explica Miriam Goldstein, pesquisadora do Scripps.

Expedição

O estudo do Scrippps foi feito com base em uma expedição, na costa da Califórnia, em 2009, comparando os dados coletados com outros que datavam até aos anos 1970.
Notou-se que o lixo no Pacífico aumentou tanto em quantidade quanto em peso.
O maior temor são os efeitos tóxicos que esses materiais possam ter no oceano, mas isso ainda precisa ser estudado mais a fundo, afirma Goldstein.

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