quarta-feira, 9 de maio de 2012

Parques eólicos matam aves e morcegos e elevam temperatura



Ambiente frágil encontrado nos campos de altitute, no topo das montanhas mais altas da Serra do Mar da região norte de SC, onde estão sendo realizados estudos para implantar um parque eólico, que vai arrasar este ecossistema. (Foto: Reprodução/ Rã-bugio)
Para além da energia limpa, os parques eólicos também geram um sopro de ar quente capaz de alterar a temperatura dos lugares onde se instalam. É o que indica um estudo publicado no periódico científico Nature Climate Change que analisou, entre 2003 e 2011, o impacto dessa fonte renovável sobre o centro-oeste do estado americano do Texas, dono de quatro das maiores fazendas eólicas do mundo.
O resultado apontou um aumento de até 0,72 graus Celsius na temperatura de regiões próximas aos gerados eólicos, no período em questão,  especialmente durante as noites. A título de comparação, trata-se de um aumento no termômetro equivalente ao sofrido de forma natural pela Austrália nos últimos 50 anos.
A explicação para este fenômeno, segundo os cientistas, vem de uma pequena turbulência no ar causada pelo movimento das élices dos geradores. “Ao converter a energia cinética do vento em eletricidade, as turbinas eólicas modificam a superfície atmosférica e a transferência de energia no ar”, diz o estudo.
No período observado, a região viveu uma rápida expansão de parques eólicos. O número de turbinas passou de cerca de cem em 2003 para mais de duas mil no ano de 2011. Para os pesquisadores, o fato de as fazendas de energia eólica esquentarem a atmosfera não deve ser exergado como algo negativo, nem como argumento para se impedir a construção de novas centrais.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o coordenador do estudo, Liming Zhou, da Universidade de Albany, em New York, afirmou que “aquecimento pode ter efeitos positivos”, destacando ainda que o estudo está focado apenas em uma região e num período curto de 9 anos. “Muito mais trabalho é necessário antes que possamos tirar qualquer conclusão”, completou.
Detalhe do ambiente frágil e muito especial encontrado nos campos de altitute, onde estão fazendo estudos para implantar um parque eólico. (Foto: Reprodução/ Rã-bugio)
No Brasil
O que faz uma fonte de energia aparentar ser mais limpa do que outra são as mentiras. O termo em si, “energia limpa”, já é contraditório.
Com muita propaganda, a energia eólica foi eleita como ícone das tão sonhadas fontes de energia limpa. Sob a égide da “energia que vem dos ventos”, parques eólicos estão sendo implantados sem qualquer exigência de estudos de impacto ambiental, ou seja, sem nenhuma restrição, em cima de áreas preservadas que ainda conservam vestígios de ecossistemas em processo de extinção. Estão promovendo um verdadeiro massacre de formas de vida com esta falsa propaganda da energia eólica ser limpa.
Tempos atrás, encontrei sensores de vento (levantamento de potencial eólico) no topo das montanhas da Serra do Mar de Santa Catarina. Que é um lugar muito especial, preservadíssimo. Trata-se de um ecossistema com um tipo de vegetação único e extremamente frágil. Só pensar em construir alguma coisa neste local já deveria ser considerado crime contra a humanidade. A implantação de torres eólicas neste local produzirá um gravíssimo impacto ambiental.
No Nordeste, estão destruindo o que resta dos ecossistemas costeiros marinhos, como dunas e manguezais, para implantarem os parques eólicos. Sem falar do impacto na paisagem, que é arrasador. Veja abaixo a intervenção do Ministério Público Federal.
As pás da turbina, que medem tipicamente 45 m de comprimento, são feitas de fibra de vidro, material que já chegou a ser classificado com tendo potencial cancerígeno para os trabalhadores das fábricas de produtos a base deste material, mas esta classificação foi alterada mais tarde para substância sem risco para a saúde. O tempo de vida de uma pá de fibra de vidro é de poucos anos.
Fibra de vidro - A Fibra de vidro (fiber glass) é um tipo de plástico reforçado. É o resultado da aplicação da resina poliéster sobre uma manta de finíssimos filamentos de vidros que são flexíveis. A resina é um líquido viscoso misturado a um solvente químico, a esta mistura adiciona-se um catalisador e um acelerador (produtos químicos altamente poluentes). Devido ao reduzido tamanho, fragmentos da fibra podem ser absorvidos pelo nosso organismo, através da pele ou através da respiração. Tendem a ser rejeitados pelo organismo, mas como a sua eliminação é difícil, permanecem por muitos anos. Alojam-se, sobretudo, nos pulmões e pela difícil degradação das mesmas podem originar acumulação de liquido e cancro nos pulmões, entre outras doenças.

Instalação do parque eólico em Bom Jardim da Serra (SC) mostrando o grave impacto sobre a paisagem e o ecossistema (Foto: Reprodução/ Rã-bugio)
Veja mais fotos aqui.

fonte: Info

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