EUA
Animais explorados em circo viajam em jaulas limitadas e quase não têm tempo de relaxar, segundo uma defensora dos direitos animais local. Amy Misner, estudante do último ano de Zoologia, disse estar organizando uma manifestação nesse fim de semana, do lado de fora do Ringling Brothers Circus, em Carbondale, nos EUA, para protestar sobre o tratamento injusto dado aos animais de circo. As informações são do jornal Daily Egyptian.
Misner não é filiada a nenhum grupo de direitos animais, mas uma estudante preocupada e que deseja que outros saibam como elefantes e tigres estão sendo maltratados. “Esses animais estão sendo transportados por todo o país. Por que simplesmente não paramos de usá-los para nosso entretenimento?”
Ela afirmou que seu objetivo não é impedir que as pessoas entrem na arena, mas, sim, mudar suas opiniões sobre frequentar circos no futuro. Para conseguir apoio para sua causa, Misner colocou placas em diversos lugares, dentro e fora do campus da universidade onde estuda, além de criar uma página no Facebook e estar confiando no boca a boca. Junto com outros manifestantes, planeja segurar cartazes, distribuir panfletos e responder perguntas sobre a causa enquanto ficam perto da entrada da arena.
Animais explorados em circo são forçados a fazer acrobacias que não fazem parte do seu comportamento natural e eles não têm tempo para dar uma volta sem restrições, segundo a estudante. Ela disse que os frequentadores do circo são erroneamente informados de que ele colabora com os esforços de conservação de espécies ameaçadas de extinção – como elefantes asiáticos e tigres – ao apoiar programas de reprodução dessas espécies. Para ela, o circo participa desses programas apenas para repovoar seu próprio estoque.
Ashley Smith, porta-voz do Ringling Circus, disse que o cuidado com os animais está em primeiro lugar na gestão do empreendimento e que o circo e os ativistas dos direitos animais possuem crenças fundamentalmente diferentes. “Ativistas não querem ver animais em jaulas de modo algum, enquanto o circo acredita que a interação do público com animais selvagens cria um laço e torna as pessoas mais preocupadas com o bem-estar animal. Nós vemos o circo como uma experiência educacional”.
Ela disse, ainda, que o circo não planeja eliminar as atuações de animais nas apresentações. “Eles sempre fizeram parte do Ringling Brothers ao longo dos anos e são uma das principais razões de as famílias continuarem voltando, ano após ano”.
Bethany Ransom, moradora de Murphysboro, disse por email que fez protestos no ano passado e que pretende repetir o ato. Ela se envolveu com o caso porque se preocupa com o bem-estar dos animais, assim como com a segurança das pessoas que frequentam o circo, pois eles, quando mantidos sob repressão, podem se comportar erraticamente e machucar alguém. Ela afirmou, ainda, que existem circos que não usam animais selvagens, como o Cirque de Soleil.
Leah Williams, moradora de Carbondale, afirmou que gostaria de levar seu filho Matt, de 4 anos, ao circo no fim de semana. Ela disse que o protesto não a impediria de entrar na arena e não acredita que ele será eficaz. “Eu entendo a causa, mas não vejo o porquê. Ele não vai me intimidar”.
Misner acredita que, cedo ou tarde, as ações dos defensores dos direitos animais terão efeito sob os Ringling Brothers. “Estou me mantendo confiante. As pessoas vão receber a mensagem ao entrarem no circo e ela pode ficar”.
fonte: anda
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