Apesar das interrogações levantadas, a tourada realizou-se no município de Trofa, em Portugal. Enquanto o cruel espetáculo acontecia, meia centena de pessoas manifestaram-se fora do recinto.
Ainda antes da hora marcada, já as t-shirts brancas reunidas frente à Escola Básica 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques eram tingidas de vermelho, cor da revolta e do sangue que as pessoas lutam para impedir que seja derramado.
Diante da improvisada praça de touros, cerca de meia centena de manifestantes gritou “tortura não é cultura”, insurgindo-se contra o espetáculo tauromáquico que a empresa Toiros é Cultura promoveu em parceria com a Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores. “Matar por diversão é cruel” e “justiça para os animais” foram algumas das frases que coloriam os cartazes brancos ostentados pelos manifestantes, que estiveram sempre atrás das grades que delimitavam o terreno privado, por indicação da Guarda Nacional Republicana, que mobilizou cerca de 15 militares.
Ana Veiga, de Alvarelhos, ficou “revoltada” quando viu os cartazes que anunciavam o espetáculo na Trofa, que “nunca teve tourada como tradição”. “Não faz sentido esta terra apoiar uma carnificina como isto é”, afirmou antes de colocar em causa “a melhor desculpa que tem ouvido de que o touro, a seguir, dá para alimentar”.
A manifestação foi organizada via redes sociais e, apesar de esperar mais pessoas, Ana Veiga acredita que “as pessoas estão deixando a passividade e não ficam em casa à espera que as coisas se resolvam”.
Entre manifestantes da “Trofa, Santo Tirso e Maia”, ouvia-se que “os animais não devem ser torturados com ferros espetados” e que “as pessoas deviam desistir de ver touradas”.
Apesar das interrogações que se levantaram quanto à realização da tourada, esta acabou mesmo por se realizar.
Assista ao vídeo da manifestação:
Fonte: O Notícias da Trofa
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