São Paulo vai incluir os animais no Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) -Chuvas de Verão 2011-2012 da cidade. A notícia foi dada pelo coordenador de Ações Preventivas e Recuperativas da Defesa Civil de São Paulo, Ronaldo Malheiros Figueira, durante uma audiência pública no último dia 26 de outubro, na Câmara Municipal de São Paulo.
O Coordenador da Defesa Civil de São Paulo Ronaldo Malheiros anuncia inclusão dos animais nos Planos de Emergência
© Regina Macedo
O encontro, promovido pelo vereador Roberto Tripoli, reuniu autoridades, associações de Medicina Veterinária, conselhos de classe, representantes de órgãos públicos e ONGs para debater a inclusão dos animais em planos de emergência na cidade de São Paulo. O evento contou ainda com a presença da WSPA, que contribuiu com sua longa experiência em intervenções bem-sucedidas em Gerenciamento de Desastres em enchentes, desabamentos, furacões e tsunamis em vários países do mundo.
© Regina Macedo
O encontro, promovido pelo vereador Roberto Tripoli, reuniu autoridades, associações de Medicina Veterinária, conselhos de classe, representantes de órgãos públicos e ONGs para debater a inclusão dos animais em planos de emergência na cidade de São Paulo. O evento contou ainda com a presença da WSPA, que contribuiu com sua longa experiência em intervenções bem-sucedidas em Gerenciamento de Desastres em enchentes, desabamentos, furacões e tsunamis em vários países do mundo.
“A inclusão dos animais vai acontecer já com o PPDC em andamento, em plena época das chuvas de verão, mas com o tempo as ações envolvendo a vida animal deverão ser aprimoradas com cursos de capacitação”, afirmou Malheiros.
Consequências de um desastre podem vir em longo prazo
O coordenador disse ainda que pretende agregar as ONGs e a Defesa Civil e realizar um trabalho interno com vários organismos para decidir como essa participação se dará em relação aos animais. Malheiros frisou que alguns órgãos já participantes da Defesa Civil, como o CCZ, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e a Guarda Civil Metropolitana atuam com animais e poderão ter seus treinamentos intensificados para questões envolvendo prevenção e socorro nos desastres.
A representante da WSPA no evento, Dra. Rosangela Ribeiro, Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil, afirmou em sua palestra que é preciso considerar não apenas o vínculo afetivo dos humanos com os animais, mas também a relação dedependência econômica das comunidades com seus cavalos, galinhas e vacas. A Gerente - que participou diretamente das ações da WSPA após as fortes enchentes e deslizamentos que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro este ano – destacou toda a complexidade do socorro a animais em situações de desastres e a necessidade de a população e o poder público estarem preparados para incluí-los em seus planos preventivos.
“A identificação dos animais - seja com coleira ou microchipagem - num plano de evacuação é muito importante. As pessoas não podem, por exemplo, deixar animais amarrados nas casas, pensando que assim estão protegendo-os e também resguardando seus bens. Eles vão morrer em uma situação de desastre. Um animal solto e identificado tem maior chance de se salvar, se ele não puder ser levado imediatamente junto com a família”, explicou Rosangela. Ela ressaltou também que os desastres podem trazer outras consequências sérias em longo prazo. “Em inundações, por exemplo, muitos animais podem sofrer de dermatites úmidas e pneumonias. Isso sem falar nas zoonoses, doenças que afetam tanto homens como animais, como a leptospirose”, lembrou Rosângela.
“A identificação dos animais - seja com coleira ou microchipagem - num plano de evacuação é muito importante. As pessoas não podem, por exemplo, deixar animais amarrados nas casas, pensando que assim estão protegendo-os e também resguardando seus bens. Eles vão morrer em uma situação de desastre. Um animal solto e identificado tem maior chance de se salvar, se ele não puder ser levado imediatamente junto com a família”, explicou Rosangela. Ela ressaltou também que os desastres podem trazer outras consequências sérias em longo prazo. “Em inundações, por exemplo, muitos animais podem sofrer de dermatites úmidas e pneumonias. Isso sem falar nas zoonoses, doenças que afetam tanto homens como animais, como a leptospirose”, lembrou Rosângela.
Preparo é essencial
O vereador Roberto Tripoli durante abertura da Audiência Pública
© Regina Macedo
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A Dra. Rosângela destacou ainda a importância de se preparar centros de apoio ligados à universidades de Medicina Veterinária, organizar a ajuda de estudantes, voluntários, identificar possíveis lares transitórios, planejar a montagem de abrigos provisórios, e um planejar criterioso programa de informações e de como se dará a comunicação entre todos os envolvidos.
“Treinamento e regras são cruciais. Não podemos ter voluntários que podem causar mais problemas ainda, colocando sua própria vida em risco e a vida dos outros. Todos devem que seguir regras para que o trabalho seja ordenado e proveitoso e que mais vidas animais sejam salvas”, explicou Rosangela.
A Gerente frisou também que é preciso planejamento financeiro, com verbas disponíveis para as ações preconizadas, montantes necessários ainda que haja doações, pois os órgãos oficiais precisam estar preparados com equipamentos, insumos (medicamentos e vacinas, por exemplo), transporte e outros detalhes que envolvem gastos específicos.
“Treinamento e regras são cruciais. Não podemos ter voluntários que podem causar mais problemas ainda, colocando sua própria vida em risco e a vida dos outros. Todos devem que seguir regras para que o trabalho seja ordenado e proveitoso e que mais vidas animais sejam salvas”, explicou Rosangela.
A Gerente frisou também que é preciso planejamento financeiro, com verbas disponíveis para as ações preconizadas, montantes necessários ainda que haja doações, pois os órgãos oficiais precisam estar preparados com equipamentos, insumos (medicamentos e vacinas, por exemplo), transporte e outros detalhes que envolvem gastos específicos.
wspabrasil.org
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