No começo desta segunda-feira (11), um grupo de blogueiras virou Trending Topic no Twitter após a campanha #BlogueiraSangrenta. Mobilizada por Lele Siedschlag, @bicmuller e Titia Shame (blogueira anônima que denuncia absurdos dos blogs de moda), o protesto pretende expor as blogueiras de moda que defendem o uso de peles e as marcas que apóiam e vendes produtos feitos a partir da tortura animal. A partir da hashtag #BlogueiraSangrenta, as blogueiras e marcas foram identificadas e questionadas a respeito do uso de peles.
Em entrevista ao R7, Lele afirmou que o "twittaço" foi uma ação de conscientização ética.
— Começamos este Twittaço para mostrar a quantidade de blogueiras que ainda usam pele e acham legal esse tipo de posicionamento. No ano passado, a Arezzo se tornou o centro de uma polêmica enorme a respeito do uso de peles em uma de suas coleções. Diante das críticas, a marca resolveu tirar a coleção das lojas. Mas agora, um ano depois, foi só a mídia sair de cima que muitas marcas voltaram a vender estes produtos.
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Ativistas ao redor do mundo protestam contra uso de pele de animais
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Diante do twittaço, a loja online OQVESTIR e a marca Analoren (que estavam vendendo em seus sites produtos feitos de pele de coelho) afirmaram que são contra o uso de peles em qualquer circunstância e que as peças serão retiradas de catálogo. As demais marcas e as blogueiras acusadas de usar e promover peles (veja aqui a lista completa) não se pronunciaram sobre o assunto.
Questionada a respeito de argumentos contra o twittaço, que afirmavam que o uso de peles é um resultado direto do consumo de carne, Lele afirmou que esta relação não existe.
— O Brasil é um país que consome carne, e seria muito hipocrisia da parte dos protetores de animais exigir que todos sejam vegetarianos do dia para a noite. A questão não é essa. As pessoas comem carne de boi, e o couro para a produção de sapatos e roupas é retirado após a morte do animal. No caso de raposas e coelhos, entretanto, o processo é brutal e acontece enquanto os animais estão vivos. As raposas, por exemplo, levam choques no ânus para que a pele solte, é um processo horrendo e sem justificativa.
Embora não exista nenhuma lei que proíba o uso de peles no Brasil, Lele defende que esta é uma questão moral.
— Não é contra a lei, não é crime. Mas é uma questão ética. Não vamos resolver o problema, mas esperamos ser capazes de conscientizar mais pessoas sobre a tortura de animais.
fonte: entretenimento.r7
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