Bode é perseguido em "corrida" na "Festa do Bode Rei" (Foto: Nação Ruralista)
Festivais que celebram a escravidão de animais na pecuária são comuns no Brasil. E a “Festa do Bode Rei”, realizada em Cabaceiras/PB entre os últimos dias 8 e 10, é uma delas. Nela a exploração econômica de bodes e ovelhas é celebrada com festa, gincanas e também negócios envolvendo comércio de animais vivos ou mortos.
Uma das características do festival é eleger um “bode rei”, que parece ser geralmente um animal usado em exibições. Mesmo os animais candidatos a esse título, aparentemente adulados pelos participantes do evento, nada mais são do que propriedade de seus “tutores”.
Como é óbvio, há atrações de exploração animal direta: exposição de animais como se fossem objetos de valor, corrida de bode (em que são incitados ao medo que os faz correr na pista), perseguição de animais (conhecida como “pega-bode”), “futebol” em que um bode serve de “bola” (provavelmente sendo incitado ao medo por equipes até entrar em um dos “gols”). E também não falta o oferecimento de carnes e laticínios feitos de caprinos explorados, além de leilões e negociações de venda de animais.
A “Festa do Bode Rei” tem como plano de fundo a economia do município de Cabaceiras, e celebra o encontro entre escravidão animal, economia e cultura. É um desafio enorme para a militância de Direitos Animais opor-se a atividades do tipo e divulgar o veganismo em municípios como Cabaceiras, dominados pela pecuária.
Com informações do PB Agora
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