Miséria dos subhominis
O abandono de animais, sobretudo os domésticos, cães e gatos, é motivo de revolta, principalmente da parte dos protetores de animais, mas que se encontra comumente presente na vida de muitas pessoas. No Brasil e também no mundo, a falta de responsabilidade e de consciência por parte dos tutores é o que tem contribuído para essa realidade, pois ao decidirem ter um animal em casa, comprometem-se em cuidar, sabem quais são os deveres para com o animal, mas, mesmo assim, depois o abandonam.
Muitas vezes, o abandono ocorre após o animal adoecer, ao que o tutor coloca-o no carro e o abandona na rua ou em abrigos para animais. As pessoas que abandonam os animais não percebem que isso aumenta o risco de acidentes de trânsito, aparecimento de doenças nos animais da região, e muitas outras coisas. Além disso, os tutores se esquecem de que, ao abandonar, fazem o animal sofrer, além de ser sinal de maus-tratos e crime.
É por esses e outros motivos que muitos médicos veterinários e protetores de animais reforçam a adoção de animais, principalmente se há recursos necessários para mantê-los com saúde e bons cuidados. No entanto, há muitos casos de abandono, logo após feiras de venda de animais. Como no caso em que a promotora de vendas Narjana Briseno, 27, denunciou o abandono de animais domésticos que foram vendidos na feira do Bairro Parangaba, em Fortaleza (CE), no dia 21 de maio de 2012, quando ela e outros amigos que integram um grupo proteção de animais recolheram 10 filhotes de cães e oito gatos nas proximidades da lagoa da Parangaba, que, segundo ela, foram abandonados por feirantes.
Segundo a protetora de animais Narjana, “alguns deles foram encontrados quase dentro da lagoa. Recebemos a denúncia de que os feirantes abandonaram os animais porque não conseguiram vendê-los”. As denúncias que chegam ao grupo de Proteção Animal Fortaleza (PAF) sobre o abandono de animais por feirantes, segundo ela, aumentou significativamente. O grupo compartilha nas redes sociais informações sobre animais maltratados e abandonados e pede abrigos temporários, além de organizar feiras de adoções. “Eles dizem que os animais são de raça para enganar os clientes, mas na verdade são apenas filhotes, o que dificulta a distinção”, explica.
Segundo ela, o caso foi denunciado ao Ministério Público Estadual e a Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) foi à feira da Parangaba, mas os feirantes continuam abandonando os animais. Além de condenar o abandono, Narjana também diz que o grupo se posiciona contra a comercialização dos animais domésticos.
Outro problema é a falta de local para os animais domésticos recolhidos por conta da lotação dos centros de zoonoses. O centro de triagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Fortaleza, pode receber apenas os animais silvestres apreendidos. Sobre o caso do abandono nas proximidades da Lagoa da Maraponga, o major pede que denúncias do caso sejam feitas pelo 190 ou o pelo próprio telefone da CPMA: (85) 3101 – 3545, que funciona em regime de plantão recebendo denúncias de infrações ambientais.
Fonte : G1.
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