quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Colecionador lamenta morte de sua gata durante incêndio

Por Robson Fernando de Souza (da Redação)


Jean Boghici (na porta) ao lado da sua esposa, Geneveve, e do curador Leonel Kaz. Foto: Juliana Prada/Terra
Mais do que todo o seu acervo de obras de arte, Jean Boghici, 84 anos, amava a gata Pretinha. Essa lição de amor a um mundo especista foi demonstrada depois do incêndio que destruiu grande parte de sua coleção de quadros artísticos. Segundo o Terra, Boghici surpreendeu, ao dizer, repetidas vezes e com a voz embargada, que a maior perda não foram os quadros de sua coleção, mas a gata, que morreu atingida pelas chamas. “Estou muito chateado, mas não é por causa do quadro não. É por causa do meu gato, que morreu”, disse, chorando. “Não quero saber de quadro, meu gato morreu”.
O incêndio atingiu todo o primeiro andar da cobertura duplex em que ele mora. Borghici admitiu que a perda não foi pequena e não sabia calcular o tamanho do prejuízo, mas contabilizou também as obras importantes de seu acervo que ficaram intactas.
“Queimou, qual o problema? Vai ficar tudo bom de novo. Já tive esse problema na década de 1970, perdi vários quadros e fiquei doente praticamente. Na época, fiz uma bela exposição e foi uma vingança contra o destino. Vamos fazer exposição muito bonita para me vingar.”, afirma o colecionador.
Ao lado de Leonel Kaz, curador e organizador da exposição “O Colecionador” prevista para abrir o Museu do Rio (MAR), na região portuária da cidade, ele confirmou que o evento irá acontecer. “É claro que a exposição está de pé, mas eu estou mesmo muito traumatizado com a perda do meu gato. Minha maior perda, ela já era velhinha, tadinha”, repetiu, reiterando como amava Pretinha.
fonte:anda

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