A região metropolitana de Belo Horizonte está na rota do tráfico nacional de espécies silvestres. Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente, 1.459 animais foram apreendidos só nos três primeiros meses deste ano, em cinco municípios fiscalizados na Grande BH.
As aves são as mais visadas pelos traficantes. Do total de apreensões, 1.318 foram de pássaros encontrados em cativeiro na capital e em Betim, Lagoa Santa, Nova Lima e Caeté. O motivo é o baixo custo de manutenção e a facilidade na hora de transportá-los.
A maioria é destinada a rinhas ou vendida a criadores interessados na beleza e no canto de espécies exóticas como curió, trinca-ferro e canário-chapinha.
Apesar de ter ocorrido uma redução de 28% nas apreensões em relação ao primeiro trimestre de 2011, as autoridades estão em alerta para o período mais crítico do ano, quando as ocorrências de tráfico disparam. “A partir de setembro, há um aumento, porque é época de reprodução”, explica o comandante Tenente Flávio de Souza.
Segundo ele, 90% das denúncias recebidas pelo setor são relativas ao tráfico de animais. Nesses casos, os bichos recuperados são encaminhados ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais).
De acordo com o analista ambiental do instituto, Daniel Vilela, as espécies passam por avaliações antes de serem devolvidas à natureza, já que muitas delas chegam machucadas. “O tempo de readaptação varia. Os que são retirados ainda filhotes demoram mais, porque eles não sabem sobreviver no ambiente natural. Cerca de 80% acabam sendo reintroduzidos”, calcula.
As punições para os traficantes podem variar de 6 meses a um ano de prisão, além de multas.
Fonte: Band
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