sexta-feira, 18 de maio de 2012

Senador Paim pede libertação do ativista Paul Watson, da ONG Sea Shepherd




O senador Paulo Paim (PT-RS) fez apelo ao Ministério da Justiça da Alemanha pela libertação do capitão canadense Paul Watson, líder da ONG Sea Shepherd (Pastores do Mar). Em pronunciamento nesta sexta-feira (18), o parlamentar informou queWatson foi preso no último dia 14, em Frankfurt (Alemanha), a pedido da Costa Rica, feito em outubro de 2011.
O mandado de prisão, segundo documento enviado por entidades ambientalistas brasileiras, e lido pelo senador, refere-se a processo arquivado em que Watson foi acusado de jogar sua embarcação contra um navio pesqueiro em águas costa-riquenhas. O documento acrescenta, contudo, que a operação foi autorizada pela Guatemala e realizada em águas daquele país para impedir crime ambiental.
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), em nota, destacou Paim, afirma ser “abusiva e ilegal” a prisão de Watson. O ativista é cofundador do grupo internacional Greenpeace e um dos responsáveis diretos pela preservação de espécies marinhas, muitas delas em perigo de extinção.
Entidades de defesa animal do mundo inteiro, observou Paim, desconfiam dessa prisão, pois o processo foi reaberto logo depois que o Instituto de Pesquisa de Cetáceos iniciou nos Estados Unidos processo contra a Sociedade Pastores do Mar. Segundo o documento, a Costa Rica pode estar sofrendo pressão e servindo de instrumento para defender interesses de outros países.
O texto observa que Japão, Noruega, Rússia, Coreia do Sul e China – países com forte indústria pesqueira e acusados de praticarem pesca e caça a baleias e golfinhos – comemoram a prisão de Paul Watson.
O Capitão Watson está sendo assistido pelo vice-presidente do Parlamento Europeu , Daniel Cohn Bendit, e pelo deputado do Parlamento Europeu, José Bové. Foto: divulgação
- O fato de a Costa Rica pedir a prisão do Capitão Watson é, no mínimo, estranho, senão suspeito de armação para aprisionar a pessoa que planeja as ações que provocam os maiores prejuízos econômicos às empresas que obtém seus lucros praticando crimes contra a fauna marinha ao redor do mundo – ressaltou Paim.
Na avaliação do senador, o Brasil não pode se omitir diante deste fato, uma vez que o litoral brasileiro é um dos mais atingidos.
- As águas brasileiras despertam o interesse da indústria pesqueira mundial. Porém, tudo contra a destruição da biodiversidade marinha. Repito: não podemos calar, pois estas verdadeiras máfias já estão atuando em águas brasileiras, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil – disse Paim ao relatar que se tornaram frequentes apreensões nessas localidades de barbatanas de tubarão que seriam contrabandeadas para a Ásia.
Com informações do Cenário MT

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