quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Relatório expõe detalhes do comércio de pele de píton


Por Natalia Cesana (da Redação)

Foto: Reprodução

Um novo estudo atesta que perto de meio milhão de peles de cobra píton são exportadas anualmente das regiões sul e oeste da Ásia. As principais compradoras são as indústrias do couro e da moda europeias. A pesquisa também se concentra na ilegalidade deste comércio, na lei de direitos animais e no impacto à população desta espécie de cobra. As informações são do Wild Life Extra.
O site Wildlife Extra, que publicou a notícia, já vem se preocupando com a constância do comércio de peles de píton, baseado em cotas de exportação determinadas pelo CITES (Convenção Internacional de Comércio de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora), o que torna a transação legal. Um dos fatos marcantes revelados em 2011 sobre estas cotas é o vasto comércio de pítons pelo mundo, mas principalmente na África Ocidental e Indonésia.
As cotas do ano passado ultrapassaram 400 mil. Não é possível saber o que este número exatamente signifique, mas inclui animais vivos, peles e, o mais preocupante, vesículas biliares. Por que a CITES emite estas licenças?
Além das vesículas, a cota anual de 2011 com 400 mil itens parece totalmente cruel e insustentável. E quando analisada, mais da metade deste total é de exportações da Indonésia – que tem uma cota de 212 mil pítons ou pele de pítons.
Por que a CITES permite o comércio de vesícula de píton, ou de qualquer outra cobra, quando a única demanda vem de pessoas que acreditam nas propriedades curativas desta substância para muitas doenças. A CITES também deu licenças para 3 mil quilos de bile exportadas da Rússia para a Coreia.
O relatório Comércio no Sudeste Asiático de Pele de Cobra foi lançado pelo Centro de Comércio Internacional (ITC), em cooperação com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e com a TRAFFIC, um programa conjunto da IUCN e da WWF. O documento revela que o comércio de peles de píton vale, nos EUA, a US$ 1 bilhão anualmente.
“O relatório mostra que a ilegalidade persiste no comércio de peles de píton e que isso pode ameaçar a sobrevivência das espécies”, diz Alexander Kasterine, chefe do Departamento de Comércio e Meio Ambiente do ITC. “A indústria da moda e do couro apoiam fortemente a CITES e os países em desenvolvimento para garantir que o fornecimento seja legal e sustentável.”
Indonésia, Malásia e Vietnã são as maiores fontes de exportação de pele de píton para os países da União Europeia, em particular Itália, Alemanha e França. Cerca de 70% de toda a pele é re-exportada via Cingapura.
“Existe um grande incentivo para o comércio de peles de píton e uma oportunidade considerável para que os comerciantes emitam licenças falsas”, diz Olivier Caillabet, Oficial de Programa com o tráfego no Sudeste da Ásia, e co-autor do relatório.
fonte; anda

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