sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Continuam esforços pela libertação da elefanta Mali



Por Maiza Garceia (da Redação)
“Tudo o que eu quero no Natal é a minha liberdade” é a mensagem da mais recente campanha da PETA (Foto: PETA)
Depois do relatório de um especialista dizendio queMali, a elefanta solitária do Manila Zoo, pode morrer devido ao agravamento de uma doença na pata, o grupo pelos direitos  animais PETA Ásia lançou uma campanha de Natal, a mais recente ação em seus esforços para a transferência do animal para um santuário.
O anúncio mostra Mali com um chapéu de Papai Noel ao lado da frase “Tudo o que eu quero no Natal é a minha liberdade”. O PETA explicou o anúncio em um comunicado à imprensa: “Mali sofre de doenças dolorosas na pata – a causa de morte principal para os elefantes em cativeiro – e, se não for transferida logo para um santuário, há uma possibilidade muito grande de que ela morra jovem”.
O Manila Zoo se mantém firme contra a transferência da elefanta, apesar das petições de vários grupos e indivíduos, incluindo especialistas em animais como Jane Goodall e Henry Richardson, que disse, na semana passada, que Mali pode morrer por falta de cuidados se deixada no zoológico.
Richardson publicou recentemente um relatório sobre Mali, depois de ver imagens de vídeo fornecidas pelo PETA, segundo o comunicado. Ele concluiu que a condição de Mali se deteriorou desde que a observou pessoalmente em maio passado.
“O Natal é um momento de doação, mas a única coisa que impede Mali de uma transferência para um santuário que irá potencialmente salvar sua vida é a ganância dos funcionários do zoológico e da cidade”, disse Rochelle Regodon da PETA Ásia no comunicado. Eles afirmaram que um santuário na Tailândia já concordou em aceitar Mali e que o PETA se comprometeu a pagar todas as despesas de transporte.
Personalidades como o pop star britânico Morrissey, o vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2003 J. M. Coetzee e a estrela de cinema francesa dos anos 1960 Brigitte Bardot aderiram à campanha do PETA. No mês passado, o senador Miriam Defensor-Santiago também apresentou uma resolução para estudar a transferência de Mali para o santuário.
De acordo com o veterinário Donald Manalastas, chefe da divisão do Manila Zoo, as chances de Mali sobreviver à transferência para a Tailândia são baixas, e é melhor a elefanta ficar no zoológico.
“A única coisa que o Manila Zoo e a cidade podem garantir sobre Mali, mantendo-a ali, é uma morte prematura e dolorosa”, disse Regodon.
Segundo a ONG, Mali não consegue ter estimulação, socialização e espaço para explorar, que são naturais para os elefantes. “Ela enfrenta confinamento intensivo, solidão, tédio e isolamento em uma área que é uma pequena fração do tamanho de seu habitat natural”, disseram no comunicado.
“Condições como aquelas que Mali tem enfrentado no Manila Zoo por 35 anos, privada do contato com [sua] própria espécie, são garantia de uma vida miserável e infeliz e vão levar a uma morte prematura”, disse o PETA, citando David Hancocks, um antigo diretor de zoológico que está envolvido na gestão e planejamento desses locais há mais de quatro décadas.
A ONG disse que o santuário oferece espaço suficiente a Mali, companhia crucial de outros elefantes e acesso constante ao melhor atendimento veterinário disponível.
fonte:anda

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