O doutorando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Cristiano Gomes, investigado por suspeita de maus-tratos a animais usados em pesquisa, depôs à Polícia Federal na última quarta-feira. Em depoimento ao delegado federal Valmir Soldati, o estudante negou que tenham havido maus-tratos. Disse que na época, afastou-se da universidade, mas que deixou pessoas cuidando dos animais e que a limpeza era feita de manhã e à tarde.
Em maio deste ano, uma denúncia questionava o uso de animais saudáveis em um experimento da pós-graduação da Veterinária. A pesquisa de Gomes, orientado pelo professor Ney Luis Pippi, consistia em criar e testar uma placa de titânio para recomposição de mandíbulas e maxilares de cães que, por causa de um câncer na boca, tenham sido submetidos a uma cirurgia de remoção de parte ou de toda a mandíbula ou maxilar.
O estudante teria usado 12 cães cobaias sadios. Segundo as denúncias, os animais teriam sido abandonados em condições precárias e alguns deles, que teriam ficado com sequelas, teriam sido mortos.
Na época, fotos mostravam os animais magros, trancados em gaiolas, deitados em meio à própria urina, com pratos de ração virados e vazios, em um ambiente sem condições de higiene.
O Ministério Público Federal (MPF) investigou as denúncias e encaminhou o inquérito para a Polícia Federal. O Ministério Público espera a conclusão da PF para ver se denuncia ou não o doutorando. Um homem que fazia a limpeza do local também será ouvido.
Fonte: Diário de Santa Maria
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