Por Patricia Tai (da Redação)
Animais cortados em pedaços ainda vivos. Carcaças e orgãos jogados na mesma área onde outros animais vivem, entre seus próprios dejetos e sem comida e água suficientes. Se existe “inferno”, na concepção clássica do termo, ele certamente deve ser um local onde ocorrem tais cenas e todas as demais relatadas nesta reportagem.
Este é um abatedouro clandestino, e assim funcionam, em todo o mundo, muitos matadouros de fundo de quintal.
Há informações de que dois deles, na Flórida, estão sob a forte mira de ativistas. As informações são da Care2.
A ONG americana Animal Legal Defense Fund (ALDF) está processando o Cuesta Farm e o Planchart Farm, dois matadouros no condado de Hillsborough. A ação movida pela ALDF retrata duas operações de matança “em um grau de desumanidade quase surreal”, conforme a reportagem.
A ALDF afirma em seu site que, em ambas as fazendas, os animais são rotineiramente arrastados, espancados, esfaqueados e massacrados ainda vivos.
As consequências ambientais também são deploráveis. Subprodutos animais “invendáveis” são descartados no local, às vezes em áreas úmidas, e o sangue é descartado na água corrente local.
A ONG está movendo a ação em nome dos residentes da região, incluindo um veterano com distúrbio de estresse pós-traumático que corre para baixo da cama toda vez que ouve um tiro em uma das “fazendas”, seguido pelos gritos subsequentes dos animais.
Segundo relatos, os assassinos não se contentam em atirar nos animais. Eles muitas vezes começam o abate com um tiro ao animal, mas em seguida seguem ferindo-o de outras formas. Não satisfeitos, por exemplo, prosseguem fazendo buracos na pele de uma cabra para inserir ganchos e arrastar o animal vivo, sangrando e aos berros, muitas vezes inconsciente pela dor, para a área de açougue.
A ALDF informa ao tribunal que os animais abatidos no Cuesta Farm e no Planchart Farm são “rotineiramente baleados, esfaqueados, espancados ou fervidos antes de serem massacrados vivos”, e estes atos “extremamente brutais” causam enorme estresse, medo, dor e sofrimento óbvio.
As fazendas também são acusadas de matar cavalos selvagens, o que é ilegal nos Estados Unidos, e depois servir os ossos e as vísceras para os suínos para esconder a evidência.
Se a matança de animais para consumo humano é cruel por si só, independente da maneira como é realizada e mesmo se considerarmos o bem-estarismo uma farsa, esse tipo de tratamento aos animais nessas fazendas clandestinas é fortemente reprovado por ambos os governos dos EUA e da Flórida, e infringem e ferem uma infinidade de leis do país.
Um vídeo perturbador capturado nessas fazendas por câmeras escondidas por Richard “Kudo” Couto, da Animal Recovery Mission (ARM), está disponível no site da ALDF. Veja abaixo:
A realidade revelada pela ALDF nesses dois abatedouros é apenas um exemplo de como os humanos se fazem de algozes, personificando o mal e transformando a vida dos animais não humanos, literalmente, em um inferno. Os consumidores de carne e produtos animais são os grandes patrocinadores a financiar estes terríveis cenários.
Com informações de Backyard Butchers
Fonte:anda
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