Um texto publicado no site da Carta Capital, intitulado “Vem aí a ‘bancada pet’”, relativiza e rebaixa a causa animal defendida por políticos e candidatos a mandatos políticos. Escrito pelo colunista Matheus Pichonelli, o artigo despe o problema das violências contra animais domésticos de sua relevância objetiva e o considera uma mera questão de sensibilidade individual e subjetiva.
Fazendo uma análise rasa da ascensão da causa animal entre os protetores animais que ascendem à carreira política, Pichonelli deixa a entender que essa problemática só estaria sendo tratada como importante porque as propostas políticas direcionadas aos humanos estariam perdendo sua credibilidade. Diz ele: “Pode-se questionar a urgência dessa demanda, mas ela existe”, como se a necessidade de cães, gatos e animais explorados por tração de um tratamento civilizado e humanitário fosse meramente relativa e concernente a sentimentos humanos.
O colunista ainda tenta se eximir da responsabilidade por inferiorizar a causa animal, dizendo que “é bom que seja assim (que os animais sejam defendidos)” e “não significa [...] que o defensor dos direitos dos animais desdenhe dos direitos humanos”, mas diversos trechos expressam sua opinião de que a causa animal seria menos relevante, em sua essência, que as causas humanas, como se os animais não humanos não tivessem interesses próprios a serem respeitados pelos humanos.
A segunda metade do texto reforça claramente a opinião especista expressada em seu escopo. De uma forma pseudossociológica, Pichonelli diz que a demanda de cães, gatos e animais explorados por carroceiros poderia ser consequência de um “pós-materialismo” em que os seres humanos, tendo atendidas suas necessidades básicas, passariam a se atentar a demandas visivelmente consideradas secundárias por ele, entre as quais se inclui também a questão ambiental – como se ela não fosse essencial à sobrevivência humana.
O artigo segue em sua divagação pseudointelectual, afirmando que a causa animal estaria ganhando notoriedade por causa da “degradação das relações humanas” e da ascensão do conservadorismo que não reconhece a humanidade no outro humano. Segue usando expressões especistas e pseudodicotômicas, como “humanização dos animais”, “animalização do ser humano” e “divinização do pet”, implicitamente criticando a equalização moral dos animais humanos e não humanos e usando uma sutil falácia do espantalho, segundo a qual a defesa animal estaria tornando os animais não humanos superiores, e não iguais em direitos e dignidade, aos humanos. No parágrafo final, acusa os eleitores preocupados com a integridade dos animais de “supersensibilidade” e diz que os Direitos Animais são um assunto de “luxo”.
Estranha-se que um texto assim tenha sido publicado num veículo de mídia dito progressista, como a Carta Capital, tradicionalmente opositora das políticas moralmente conservadoras da direita nacional e internacional, negando a objetividade e urgência da necessidade de se mirar problemas sofridos pelos animais como o abandono, a agressão, as torturas e assassinatos impunes, a guarda irresponsável, as políticas estatais de matança, a inexistência ou insuficiência de atendimento veterinário público, o aprisionamento, a exploração com ou sem fins lucrativos, o tratamento como propriedade etc.
O texto em questão é digno de protestos e contestações. Comentários devem ser enviados na página do artigo, clicando-se em “Ver todas as opiniões” e em seguida preenchendo os dados e escrevendo a mensagem de protesto no formulário “Deixe um comentário”. Também é possível enviar uma mensagem à Carta Capital por via da página Fale Conosco.
fonte:.anda
Fazendo uma análise rasa da ascensão da causa animal entre os protetores animais que ascendem à carreira política, Pichonelli deixa a entender que essa problemática só estaria sendo tratada como importante porque as propostas políticas direcionadas aos humanos estariam perdendo sua credibilidade. Diz ele: “Pode-se questionar a urgência dessa demanda, mas ela existe”, como se a necessidade de cães, gatos e animais explorados por tração de um tratamento civilizado e humanitário fosse meramente relativa e concernente a sentimentos humanos.
O colunista ainda tenta se eximir da responsabilidade por inferiorizar a causa animal, dizendo que “é bom que seja assim (que os animais sejam defendidos)” e “não significa [...] que o defensor dos direitos dos animais desdenhe dos direitos humanos”, mas diversos trechos expressam sua opinião de que a causa animal seria menos relevante, em sua essência, que as causas humanas, como se os animais não humanos não tivessem interesses próprios a serem respeitados pelos humanos.
A segunda metade do texto reforça claramente a opinião especista expressada em seu escopo. De uma forma pseudossociológica, Pichonelli diz que a demanda de cães, gatos e animais explorados por carroceiros poderia ser consequência de um “pós-materialismo” em que os seres humanos, tendo atendidas suas necessidades básicas, passariam a se atentar a demandas visivelmente consideradas secundárias por ele, entre as quais se inclui também a questão ambiental – como se ela não fosse essencial à sobrevivência humana.
O artigo segue em sua divagação pseudointelectual, afirmando que a causa animal estaria ganhando notoriedade por causa da “degradação das relações humanas” e da ascensão do conservadorismo que não reconhece a humanidade no outro humano. Segue usando expressões especistas e pseudodicotômicas, como “humanização dos animais”, “animalização do ser humano” e “divinização do pet”, implicitamente criticando a equalização moral dos animais humanos e não humanos e usando uma sutil falácia do espantalho, segundo a qual a defesa animal estaria tornando os animais não humanos superiores, e não iguais em direitos e dignidade, aos humanos. No parágrafo final, acusa os eleitores preocupados com a integridade dos animais de “supersensibilidade” e diz que os Direitos Animais são um assunto de “luxo”.
Estranha-se que um texto assim tenha sido publicado num veículo de mídia dito progressista, como a Carta Capital, tradicionalmente opositora das políticas moralmente conservadoras da direita nacional e internacional, negando a objetividade e urgência da necessidade de se mirar problemas sofridos pelos animais como o abandono, a agressão, as torturas e assassinatos impunes, a guarda irresponsável, as políticas estatais de matança, a inexistência ou insuficiência de atendimento veterinário público, o aprisionamento, a exploração com ou sem fins lucrativos, o tratamento como propriedade etc.
O texto em questão é digno de protestos e contestações. Comentários devem ser enviados na página do artigo, clicando-se em “Ver todas as opiniões” e em seguida preenchendo os dados e escrevendo a mensagem de protesto no formulário “Deixe um comentário”. Também é possível enviar uma mensagem à Carta Capital por via da página Fale Conosco.
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