Depois da proibição de jegues na Lavagem do Bonfim e na Mudança do Garcia, a ONG Terra Viva Verde luta para que a justiça estenda a determinação aos cavalos durante o desfile de 2 de Julho.
A advogada Ana Rita Tavares, diretora da entidade, entrou com um pedido no Ministério Público, a fim de impedir que os cavaleiros do grupo Encourados do Pedrão, puxem o cortejo, como fazem há mais de 180 anos.
O pedido se baseia no documentário “Salva o Dois de Julho”, elaborado e distribuído pela própria defensora dos animais, que alega maus-tratos durante as comemorações e contesta a participação dos bichos nas lutas para a Independência da Bahia.
Esta não é a primeira vez que a entidade move uma ação nesse sentido. No ano passado, a ONG Terra Viva Verde tentou, sem êxito, impedir que os cavalos participassem do evento.
“O primeiro mau-trato é aquele que retira o animal do seu habitat natural para inseri-lo em um contexto de barulho, em que pessoas que se embriagam e jogam bebidas nos olhos dos animais, nas narinas. Eles sofrem demais”, alegou, na ocasião.
Entretanto, a iniciativa já divide a opinião dos participantes da festa. Os Encourados não pretendem recuar e garantem que vão se apresentar montados, pois não faz sentido vaqueiro sem cavalo.
“Isso é tradição, é história. Não há maus-tratos nos nossos animais, eles são preparados para esse desfile, transportados em caminhões novos, descansam durante o percurso e depois têm água e comida”, disse Anderson Maia, coordenador do grupo.
Fonte: Tribuna da Bahia
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