segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ativistas simulam confinamento de elefantas e protestam contra zoo de Barcelona

Barcelona/ Espanha


Após a recente chegada da terceira elefanta ao zoológico de Barcelona, e em observação ao Dia Internacional dos Elefantes em Cativeiro (20 de junho), a organização AnimaNaturalis pediu que não se levem mais animais aos zoos. Para isso, ativistas se colocaram no lugar
das elefantas durante uma hora em frente ao zoo.

(Foto: Jesús. G. Pastor)

Após a polêmica em torno da elefanta Susi e seus distúrbios de comportamento, somados a graves problemas de convivência, estresse e rejeição que sofreu com Yoyo, a segunda elefanta levada para fazer companhia a Susi e completar a equipe de animais do zoológico, o zoo decidiu levar uma terceira elefanta com a intenção de expandir a manada futuramente, adicionando um macho para procriar com as fêmeas e adquirir novos membros.
Por esta razão, a AnimaNaturalis realizou um protesto inédito em frente ao zoo de Barcelona (Espanha), para pedir o fim das prisões de animais, com o ensejo do Dia Internacional dos Elefantes em Cativeiro.
Três ativistas se colocaram no lugar das elefantas e permaneceram durante uma hora confinados em um recinto que lhes limitava os movimentos, de forma similar à que ocorre nos zoológicos. Com corpos pintados e cabeças de elefante, representaram o sofrimento e os problemas psicológicos pelos quais passam os animais em zoos e outros cativeiros, como os circos.
Neste dia, diversas organizações em todo o mundo promovem os interesses dos elefantes que foram retirados de seu habitat ou que nasceram em cativeiro, pedindo melhores cuidados e, se possível, sua libertação para santuários e reservas.
“Os zoológicos alegam trabalhar para a proteção de espécies ameaçadas de extinção, o que soa como um objetivo nobre, mas geralmente selecionam os animais mais famosos e populares, porque atraem multidões e publicidade”, explica Anna Martinez, coordenadora da AnimaNaturalis na Catalunha.

(Foto: Jesús. G. Pastor)
Clique aqui para ver galeria de fotos.
Depois de reconhecer que eles não poderiam manter adequadamente os elefantes e suas complexas necessidades, vários zoos tomaram a decisão de encerrar suas exposições de elefantes, estabelecendo um precedente positivo para os zoos do mundo todo. O zoológico de Detroit enviou dois elefantes para um santuário, porque, segundo o diretor do zoológico, “assim como os ursos-polares não prosperam em climas quentes, os elefantes asiáticos não devem viver em pequenos grupos e espaços reduzidos. Claramente também não deveriam ter que suportar os invernos do norte”.
As espécies ameaçadas de extinção só conseguirão se salvar se nós conservarmos os seus habitats e lutarmos contra os perigos que as ameaçam.
Os santuários sem fins lucrativos que são credenciados pela Associação de Santuários, como The Elephant Sanctuary ou Performing Animal Welfare Societ, também merecem o apoio popular. Esses santuários resgatam e cuidam dos animais selvagens sem vendê-los ou reproduzi-los.
Assista ao vídeo do protesto, produzido pela TV Animalistas:
Mortes e fugas no Zoo de Barcelona
A AnimaNaturalis lembra também a recente morte de Barus, o tigre que morreu afogado ao cair no fosso depois de sofrer uma convulsão epiléptica, e outros acontecimentos dramáticos recentes que incluem a morte de um golfinho, a fuga temporária de um lobo e vários acontecimentos trágicos na piscina das focas, com uma morte e vários abortos.
Por todos esses motivos a AnimaNaturalis conclama ao zoo de Barcelona Zoo não só que deixe de levar animais para lá, mas também que comece a buscar um novo lar mais apropriado para os que já estão lá. “Embora possa parecer uma forma de maus-tratos menos óbvia do que outras, lembramos que em zoológicos os animais vivem aprisionados, longe de seu habitat natural, sofrendo muito estresse e pouco espaço para sua estimulação física ou mental”, explica Anna Martinez.
“Com a programação televisiva, as oportunidades educacionais na internet, e a relativa facilidade das viagens internacionais, aprender e ver animais em seu habitat natural pode ser tão simples como apertar um interruptor ou escalar uma montanha”, argumenta Martinez. “A ideia de manter animais confinados em gaiolas é cruel e ultrapassada”.
fonte: anda


Nenhum comentário:

Postar um comentário

verdade na expressão