Em mais um caso de crueldade contra animais no Recife, uma cadela foi atendida em uma clínica veterinária no bairro da Madalena, na noite desta terça-feira, com suspeita de ter sido atingida por arma de fogo. De acordo com moradores do bairro dos Torrões, o animal, uma fêmea de nome Suzi, teria sido baleado por policiais do Grupo de Ações Táticas Itinerante (GATI).
A veterinária que atendeu o animal entregou um laudo às pessoas que fizeram o socorro. De acordo com a profissional, o documento atesta que “os ferimentos são compatíveis com lesões de arma de fogo”. “Ela está com hemorragia muito forte e dificuldade de respirar. Se sobreviver, vai ficar com sequelas, porque já apresenta sintomas neurológicos graves”, afirmou.
Três PMs teriam atirado na cahorra porque ficaram irritados com o latido do animal. O padeiro Felipe Antônio Correia, 19 anos, relatou.
“Eles chegaram apontando a arma para a gente, cerca de 10 pessoas que estavam na frente da minha casa, entre elas, crianças e senhoras, e anunciaram a abordagem de rotina. Nesse momento, um deles pisou na cachorra e ela latiu. Com raiva ele atirou nela. O outro puxou ele pelo braço e todos foram embora correndo, depois que viram a besteira que fizeram”, contou Felipe Antônio.
O animal é tutelado pela aposentada Maria Dalva Souza da Silva, de 65 anos. Ela pretende dar queixa na Corregedoria da Polícia Militar. A senhora não teve condições emocionais de dar entrevista. Os vizinhos anotaram os dados da viatura, uma Frontier Nissan de placas PSV-1450. A Polícia Militar preferiu não comentar o caso.
Fonte: Diário de Pernambuco
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