quinta-feira, 2 de maio de 2013

Caso de policial que atirou em cadela deve ser levado hoje à OAB e ao Ministério Público




O Movimento de Defesa Animal de Pernambuco (MDA/PE) deve levar nesta quinta-feira à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Ministério Público de Pernambuco um caso de violência praticada possivelmente por policiais militares contra uma cadela em San Martin, Zona Oeste do Recife. Suzi, de dois anos, teria sido baleada, na noite de terça-feira, por agentes do Grupo de Ações Táticas Itinerante (GATI) que teriam se incomodado com o seu latido.
O animal foi internado em uma clínica veterinária e não corre risco de morte. Até ontem, mais de 700 pessoas já haviam assinado petição pública na internet para pedir a apuração do caso e a punição dos envolvidos.
O fato aconteceu por volta das 21h, na Segunda Travessa Nossa Senhora da Penha. A tutora da cadela, a pensionista Maria Dalva Souza da Silva, 65 anos, estava em casa quando ouviu o disparo na rua. “Eu tinha aberto a porta para ela sair um pouquinho. Foi na hora que a polícia chegou e abordou uns meninos. A cachorra viu os policiais no escuro e deu dois latidos. Eles não gostaram e meteram bala”, relatou Maria, garantindo que a cadela nunca mordeu ninguém. Segundo vizinhos, a viatura usada na ação é uma Frontier Nissan de placas PSV-1450.
O animal foi levado à emergência com hemorragia no focinho. A veterinária Mayara Brandão explicou que o ferimento pode ter sido causado por um projétil, provavelmente de calibre 12. “A bala pegou de raspão na base do focinho, abaixo dos olhos”. A profissional disse que é cedo para falar em sequelas. “Ela teve convulsão, mas seu quadro é estável”.
A agressão motivou o MDA/PE a recolher assinaturas para pressionar a PM a cobrir as despesas da família e punir os envolvidos. “Não se pode admitir que, enquanto o governo do estado comemora a diminuição da violência, policiais que desmerecem a farda agridam um animal indefeso”, disse a jornalista Goretti Queiroz, do MDA. A assessoria de imprensa da PM informou que o comandante do 12º BPM, coronel Arles Gadelha, não tomou conhecimento formal do caso. Um procedimento administrativo só deverá ser instaurado se a denúncia for oficializada.

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