quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quase 500 cães são sacrificados por causa da leishmaniose em Bastos, SP


 Com apenas 20 mil habitantes, a cidade de Bastos, SP, enfrenta um problema de saúde com aumento do número de casos de leishmaniose. Ao todo são 13 pessoas infectadas no período de 2 anos e meio e quase 500 cachorros sacrificados por causa da doença. A situação vem preocupando as autoridades de saúde e a população também.
O vendedor José Bernardo dos Santos ficou 20 dias internado tratando os sintomas da leishmaniose. Ele se lembra dos momentos difíceis, da dor e da febre que chegou aos 40 graus. “Eu estava sentido febre alta, muita dor de cabeça, sem apetite para comer, moleza, muita dor no corpo. Um monte de sintomas de uma vez”, conta. O último caso de leishmaniose descoberto na cidade foi o de um homem de 26 anos, morador do bairro Esplanada.
Nos últimos dois anos e meio, foram 13 pessoas infectadas, só neste ano já são quatro. Mas, o que realmente preocupa é a quantidade animais infectados, já que são eles que hospedam o vírus da leishmaniose.
E segundo o Secretário de Saúde, Valdir Dezan em todos os bairros do município já foram encontrados animais com a confirmação da doença. “Estamos desde 2010 fazendo a busca ativa dos animais infectados porque a doença é transmitida pelo mosquito que pica o cachorro doente e transmite para o ser humano. Então desde 2010 estamos fazendo esse trabalho e já foram sacrificados aproximadamente 500 cães que tinham a doença, comprovada através de exames laboratoriais, já que não há tratamento”, afirma.
A doença preocupa também outras cidades da região. Entre 2011 e 2012, Bauru registrou 50 casos de leishmaniose e cinco pessoas morreram. No mesmo período, em Botucatu três pessoas foram infectadas. Em Marília e Ourinhos um caso foi registrado em cada cidade. Em todo estado de São Paulo, só no ano passado 158 pessoas contraíram a doença e 12 morreram.
Conhecido como mosquito palha, o transmissor da leishmaniose tem cerca de três milímetros, por isso dificilmente é visto pelas pessoas. E ele não precisa de reservatórios de água para se reproduzir, como acontece com o mosquito da dengue. O inseto gosta de locais sujos e úmidos, como este que estamos ambientes como este, por exemplo, que tem com lixo e entulhos amontoados. Por isso, manter o quintal e terrenos limpos é a melhor maneira de prevenir a proliferação da doença.
Segundo a infectologista Luciene de Oliveira Conterno, os principais sintomas da doença são: febra alta, fraqueza, falta de apetite e anemia. A leishmaniose é uma doença perigosa e pode matar. “Se não diagnosticada precocemente a doença pode matar, porque ela altera a produção das células sanguíneas, o paciente pode evoluir para um quadro de anemia falciforme, alteração de circulação e até outras infecções porque os glóbulos brancos podem diminuir. Ela é uma doença potencialmente grave e fatal ”, explica.
A Secretaria da Saúde de Bastos informou que para conter a doença começa a fazer em agosto testes rápidos que identificam em apenas 15 minutos a presença do vírus da doença em cães. Atualmente, o exame tem que ser enviado ao Instituto Adolfo Lutz em São Paulo e demora duas semanas pra ficar pronto.
 De: g1.globo

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