(Foto: AP/Dmitry Lovetsky)
Há dois anos, a ursa apresentada durante os Jogos Olímpicos de Moscou em 1980, que hoje tem 36 anos, tem sido mantida com outros animais em um velho e enferrujado ônibus estacionado nos arredores de São Petersburgo, segundo informou a AP. Ativistas de direitos animais dizem que eles recebem o mínimo cuidado e vivem dentro de apertadas e mal cheirosas jaulas.
A ursa Katya foi por muito tempo uma atração do Grande Circo de São Petersburgo, em Fontanka, onde noite após noite ela e outro urso encantavam crianças ao “dirigir” motocicletas em volta do picadeiro.
Durante os Jogos de Verão de 1980, os ursos foram aplaudidos por milhares de pessoas na cerimônia de abertura da competição de futebol de São Petersburgo, à época ainda chamada de Lenigrado. Katya também participou de dois filmes na década de 1980.
Foto: AP
Desde que se “aposentou”, em 2009, Katya e o ônibus pintado usado nas viagens das turnês do circo não sai mais do estacionamento perto de uma movimentada rodovia. A ursa, já com bastante idade, passa os dias pulando para cima e para baixo na jaula, tentando quebrar as enferrujadas grades de metal com os dentes já lascados e amarelados.
Dezenas de outros animais que estiveram em circos também vivem em jaulas fétidas, instaladas dentro do ônibus e numa minivan estacionada nas proximidades.
Às vezes, alguns animais são soltos para ir com fotógrafos até o centro da cidade e tirar fotos com crianças e turistas. Outros, entretanto, nunca são limpos ou examinados por veterinários, dizem os ativistas. “Eles não podem se mover normalmente e enlouquecem”, disse Zoya Afanasyeva, do grupo de direitos animas Vita, em frente ao abafado ônibus de Katya num dia quente de verão.
“Aparentemente eles estão sendo cuidados, mas não mais que uma vez por dia. E este cuidado é superficial, mecânico, porque o cheiro aqui no estacionamento é insuportável”, completou Zoya.
Klava, outro urso, compartilha uma pequena jaula com Pasha, um javali. Pássaros com músculos atrofiados vivem perto de gatos que não miam e têm os olhos cheios de pus e fixos à frente.
O diretor do circo, Viktor Savrasov, afirmou que os animais são “cuidados” e o destino de Katya teria sido pior se sua treinadora tivesse concordado em sacrificá-la. “Qualquer coisa que tivesse acontecido, ela não a deixaria”, disse sobre Natalya Arkhipova, que ainda vai visitar Katya para alimentá-la.
Ativistas já pediram ao governo da Rússia que reforce as leis de proteção animal.
fonte Anda.jor.br
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