Este é o caso da aldeia, sem nome citado, que será defendida por Wren. Segundo o peso pesado, a tribo tem sido alvo de uma série de ataques de grupos rebeldes em meio à guerra civil no país e corre o risco de ser dizimada.
“É uma tribo enfiada a 80 ou 90 quilômetros dentro da selva, que está cercada por cerca de 20 grupos diferentes de rebeldes. Eles podem ser o povo mais perseguido do planeta. Os rebeldes pensam que matar um pigmeu e comer sua carne dá poder sobre-humano para a batalha”, afirmou o lutador ao site MMA Junkie.
Justin Wren viajará ao lado de três companheiros e ficará acampado com a tribo por três semanas. Além auxiliar na proteção local, o atleta de 24 anos tentará melhorar a infraestrutura do lugar, procurando poços de água, por exemplo. Ele já fez outras missões humanitárias em países como Haiti e República Dominicana.
“Os pigmeus não têm esperança. Vamos tentar levar isso para eles, espiritualmente e fisicamente, quem sabe. Muitas pessoas sequer sabem que o canibalismo ainda existe. Mas parece até que os rebeldes racionam suas porções de pigmeus, pois não querem vê-los extintos”, completou o lutador, que entrou para o grupo cristão para se recuperar do vício das drogas.
Apesar da dura missão das próximas semanas, Justin Wren assegura que voltará ao MMA. Com um cartel de dez vitórias e duas derrotas, o ex-participante do reality show “The Ultimate Fighter” quer voltar a lutar ainda em 2011. “Assim que voltar da África, vou procurar minha próxima luta”.
Entenda o massacre dos pigmeus
Os pigmeus africanos - conhecidos pela baixa estatura - são uma etnia historicamente caçada e vítima de genocídios. Por anos, eles foram consumidos como se fossem animais, principalmente pelos bantos – outra etnia local.
Segundo uma lenda banta, o pigmeu encontrado sozinho na floresta precisa ser estuprado até a morte. Depois, precisa ter seu corpo retalhado e dividido entre os outros habitantes da aldeia. Na concepção de alguns povos banta, este ritual traz boa sorte e boa colheita à tribo.
Atualmente, os pigmeus são vítimas, principalmente, do Movimento de Libertação do Congo, que controla parte do norte do país.
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