domingo, 28 de abril de 2013

Vereadora defende campanhas educativas para prevenir atropelos de animais em Salvador (BA)



Por Francisco Ribeiro (em Colaboração com a ANDA)
Foto: Divulgação
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São muitas as causas para o atropelo de um animal em vias urbanas. O grande número de animais abandonados nas ruas, a irresponsabilidade dos guardiões e o descaso dos motoristas. Para prevenir a grande quantidade desses acidentes em Salvador, a vereadora Ana Rita Tavares (PV) propôs à Prefeitura formular campanhas educativas para que pedestres, motoristas e agentes de trânsito contribuam para reduzir as mortes de cães, gatos e equinos na capital.
A vereadora justifica a necessidade da conscientização, nos mesmos moldes das campanhas que alertam para os acidentes com as pessoas, por considerar alarmante a quantidade de animais atropelados. “O número que chega até nós, advindos das ONGs de proteção animal, estima uma média de 150 a 200 atropelos por mês, mas temos certeza de que essa estatística é ainda pior, pois muitos casos não chegam ao conhecimento destas organizações”, denuncia.
Além disso, para Ana Rita, não basta punir quem comete maus-tratos contra os animais. É preciso conscientizar a população. “Todos têm direito à vida, mas os animais costumam ser colocados em segundo plano, graças a uma cultura antropocentrista que coloca a espécie humana como a mais importante de todas. Os bichos também sofrem, sentem dor, são mortos diariamente aos milhões em todo o mundo e não podemos aceitar isso, da mesma maneira que não aceitamos a violência contra crianças, mulheres, pessoas idosas ou com necessidades especiais”, diz a vereadora.
Guarda responsável
Ana Rita defende que além dos motoristas e motociclistas, as campanhas educativas sejam direcionadas também aos pedestres que costumam passear com os cães nas ruas, pois muitos deles não usam coleira para conduzir os animais em vias com tráfego intenso. Outros usam coleiras muito grandes e acabam perdendo o controle sobre o animal. Segundo a vereadora, essas são algumas das condições para que o bicho corra em direção à pista e seja morto.
“No último final de semana, presenciei um atropelo horrível nas proximidades do bairro do Imbuí. O guardião não usava coleira, o cão correu para a rua e foi morto por um motorista que sequer diminuiu a velocidade ou prestou socorro”, relata Ana Rita. Para ela, pessoas com esse tipo de comportamento não podem tutelar animais. “É inadmissível dizer que se gosta do cão, mas colocá-lo diariamente numa situação de alto risco. Por outro lado, o atropelador também poderia ter freado, pois vinha com pouca velocidade e nada atrapalhava a visibilidade dele”, acusa.
Públicos-alvo
De acordo com o Projeto de Indicação nº 280/13, as campanhas educativas para prevenir o atropelo de animais nas vias de Salvador deverão ser formuladas pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte, por meio da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador). Para os pedestres, o objetivo é sensibilizá-los a praticarem a guarda responsável com seus animais.
Os agentes de trânsito também vão fazer parte do público alvo das campanhas. O objetivo é alertá-los para a prevenção de acidentes, bem como para os procedimentos que devem ser tomados no momento do atropelo dos animais, como auxiliar ou providenciar o socorro, isolar a área do acidente e entrar em contato com os órgãos responsáveis para atendimento ou recolhimento dos bichos atropelados.
Por fim, diversas informações serão passadas aos motoristas, tais como ficar atento aos locais onde circulam animais; evitar o acidente da mesma maneira que se evita o atropelo de pedestres e prestar socorro ao animal atingido, pois, de acordo com o artigo 32 da Lei 9.605/98, é crime “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”, com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.
fonte: anda

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