segunda-feira, 29 de abril de 2013

Na seca que atinge Pernambuco, planta pode salvar animais da fome




Foto: Divulgação
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Os técnicos do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) acreditam que a palma forrageira é a grande aposta para salvar os animais da fome no Semiárido, uma das regiões de Pernambuco mais fortemente atingida pela seca. “Temos que trabalhar plantando palma porque a solução para o Nordeste é palma. Temos que investir na palma e não é só plantar o milho, porque com o milho a gente usa a silagem. A silagem tem uma duração muito curta e a palma não, a gente pode ter palma para dar aos animais o resto do ano”, afirma Edmilson Moraes, técnico do IPA. A silagem é um método utilizado para conservar a forragem que alimenta os animais.
Foi para tentar resgatar esse alimento para os rebanhos carentes que o governo do estado criou uma sementeira em Itaíba, no Agreste. No local, está plantada a orelha de elefante, uma variedade de palma mais resistente à cochonilha do que as normalmente cultivadas na região. O solo foi arado e nivelado e os técnicos adubaram com esterco animal.
Nessa sementeira, a palma foi plantada há um ano. Se tivesse chovido, ela teria chegado do ponto de corte e, a esta altura, as sementes já estariam espalhadas por centenas de propriedades. Apesar de não ter crescido, a planta também não morreu e agora representa uma esperança em tempos tão secos.
Em uma localidade chamada pelo IPA de unidade multiplicadora, há 15 hectares com as sementes da orelha de elefante. Com outras plantações, ao todo, são 23 hectares. Se chover, as raquetes – que são as partes arredondadas da planta – poderão ser distribuídas dentro de um ano e meio a agricultores cadastrados. “A gente vai fazer os cadastros dos agricultores do município e distribuir por igual para eles. Um exemplo: 500 raquetes, 1.000 raquetes para cada um, para você fazer sua própria semente”, explica José Evandro Leite Torres, outro técnico do IPA.
O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco e engenheiro agrônomo João Suassuna defende a plantação adensada, o que significa uma raquete plantada a dez centímetros da outra. “Você pode, em um hectare de palma, produzir 400 toneladas, e essas 400 toneladas podem alimentar 200 carneiros. Quer dizer, você tem que implantar esse tipo de coisa para conviver com o ambiente e não ir contra o ambiente”, afirmou Suassuna.
Ajuda de estudantes
O período de estiagem que afeta Pernambuco sensibilizou os alunos do colégio Fernando Ferrari, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Os estudantes estão em campanha para arrecadar água para ajudar a comunidade quilombola “Gado-brabo”, em São Bento do Una, a mais de 200 quilômetros da capital pernambucana.
Quem quiser pode levar garrafões de água de qualquer tamanho, para a sede da escola, que fica na Rua Genuíno Fialho, nº 149, na Vila Presidente Vargas. A coleta será feita até a próxima terça (30). No feriado de 1º de maio, um grupo formado por estudantes vai levar a doação para São Bento do Una.
Fonte: G1

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