O crustáceo 'Apherusa glacialis' vive no gelo Ártico e migra para áreas
mais frias em busca de correntes oceânicas (Foto: Divulgação/University
of Delaware)
Com o constante degelo na região do Ártico, cientistas preocupados com o impacto do fenômeno na vida marinha se surpreenderam ao descobrir uma forma de adaptação de espécies que vivem nas profundezas do gelo à nova realidade “quente”.
Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, e publicado nesta semana na revista “Biology Letters” afirma que crustáceos como o Apherusa glacialis, que se parece com um pequeno camarão, aproveitam correntes oceânicas para migrar para regiões mais frias do Polo Norte.
Eles batizaram a experiência vivenciada pela espécie de “hipótese Nemo”, uma analogia ao filme da Disney criado em 2003 e que retrata a busca de um peixe-palhaço por seu filho. Para chegar até seu filhote, que tem o nome de Nemo, o peixe segue as correntes oceânicas até encontrá-lo na região da Austrália.
Sobrevivência
O que os cientistas querem entender é por que a Apherusa glacialis usa este método para alcançar regiões mais frias. A descoberta ajuda a explicar como os organismos associados ao gelo conseguiram se manter em grandes populações, mesmo quando seu habitat era reduzido em até 80% durante a estação quente.
Segundo Jorgen Bergen, da Universidade Tromso, na Noruega, a “hipótese Nemo” oferece uma perspectiva de sobrevivência a espécies que perderam seu habitat. Isso ajudaria a entender possíveis consequências de um aquecimento contínuo no Ártico, com grande perda de calotas polares.
Nova realidade no Ártico
O derretimento do gelo do Ártico tem acelerado a corrida em torno da exploração de recursos naturais na região. Caso as linhas marítimas atualmente inacessíveis no topo do mundo se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global e talvez a geopolítica dos países.
A agência espacial americana (Nasa) anunciou na última semana de agosto que o derretimento do gelo do Ártico aumentou e bateu recorde de mais de 30 anos de medições feitas via satélite.
O tamanho da camada de gelo registrada no dia 26 de agosto foi o menor desde o início do monitoramento, em 1979, segundo o site da Nasa. O último recorde de degelo registrado foi em 18 de setembro de 2007, ainda de acordo com a agência espacial.
A camada de gelo no Ártico chegou a 4,1 milhões de quilômetros quadrados, 70 mil a menos do que a medição realizada em 2007, quando a extensão da área congelada no Ártico era de 4,17 milhões de quilômetros quadrados.
A persistente perda de cobertura de gelo é preocupante e ocorreu mais cedo do que o previsto, apontam cientistas da agência. A previsão de pico de derretimento é o mês de setembro, segundo a Nasa.
Fonte: G1
Com o constante degelo na região do Ártico, cientistas preocupados com o impacto do fenômeno na vida marinha se surpreenderam ao descobrir uma forma de adaptação de espécies que vivem nas profundezas do gelo à nova realidade “quente”.
Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, e publicado nesta semana na revista “Biology Letters” afirma que crustáceos como o Apherusa glacialis, que se parece com um pequeno camarão, aproveitam correntes oceânicas para migrar para regiões mais frias do Polo Norte.
Eles batizaram a experiência vivenciada pela espécie de “hipótese Nemo”, uma analogia ao filme da Disney criado em 2003 e que retrata a busca de um peixe-palhaço por seu filho. Para chegar até seu filhote, que tem o nome de Nemo, o peixe segue as correntes oceânicas até encontrá-lo na região da Austrália.
Sobrevivência
O que os cientistas querem entender é por que a Apherusa glacialis usa este método para alcançar regiões mais frias. A descoberta ajuda a explicar como os organismos associados ao gelo conseguiram se manter em grandes populações, mesmo quando seu habitat era reduzido em até 80% durante a estação quente.
Segundo Jorgen Bergen, da Universidade Tromso, na Noruega, a “hipótese Nemo” oferece uma perspectiva de sobrevivência a espécies que perderam seu habitat. Isso ajudaria a entender possíveis consequências de um aquecimento contínuo no Ártico, com grande perda de calotas polares.
Nova realidade no Ártico
O derretimento do gelo do Ártico tem acelerado a corrida em torno da exploração de recursos naturais na região. Caso as linhas marítimas atualmente inacessíveis no topo do mundo se tornem navegáveis nas próximas décadas, elas poderão redesenhar as rotas do comércio global e talvez a geopolítica dos países.
A agência espacial americana (Nasa) anunciou na última semana de agosto que o derretimento do gelo do Ártico aumentou e bateu recorde de mais de 30 anos de medições feitas via satélite.
O tamanho da camada de gelo registrada no dia 26 de agosto foi o menor desde o início do monitoramento, em 1979, segundo o site da Nasa. O último recorde de degelo registrado foi em 18 de setembro de 2007, ainda de acordo com a agência espacial.
A camada de gelo no Ártico chegou a 4,1 milhões de quilômetros quadrados, 70 mil a menos do que a medição realizada em 2007, quando a extensão da área congelada no Ártico era de 4,17 milhões de quilômetros quadrados.
A persistente perda de cobertura de gelo é preocupante e ocorreu mais cedo do que o previsto, apontam cientistas da agência. A previsão de pico de derretimento é o mês de setembro, segundo a Nasa.
Fonte: G1
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