Especialistas em preservação divulgaram esta terça-feira uma lista
das 100 espécies mais ameaçadas de extinção e alertaram que somente uma
mudança de mentalidade pública e das autoridades poderia salvá-las da
aniquilação iminente.
A lista compilada pela Sociedade Zoológica de Londres (SZL) em um relatório intitulado “Inestimável ou Inútil?” (‘Priceless or Worthless?’, no original) inclui 100 animais, plantas e fungos que encabeçam as fileiras dos ameaçados de sumir do planeta.
“Todas as espécies listadas são únicas e insubstituíveis. Se desaparecerem, nenhum dinheiro no mundo poderá trazê-las de volta”, disse a co-autora do estudo, Ellen Butcher.
“Se agirmos imediatamente, podemos dar a elas uma chance de lutar pela sobrevivência. Mas isto exige que a sociedade apoie a posição moral e ética de que todas as espécies têm o direito inato de existir”, acrescentou Butcher.
O relatório da SZL foi publicado na ilha Jeju, na Coreia do Sul, onde 8.000 autoridades governamentais, representantes de ONGs, cientistas e diretores de negócios de 170 países estão reunidos no Congresso Mundial de Conservação.
Os conservacionistas temem que as espécies incluídas na lista, como o camaleão-tarzan de Madagascar e a preguiça-anã de três dedos do Panamá, desapareçam porque não fornecem aos humanos benefícios evidentes.
“O mundo todo se tornou mais utilitarista e observador do que a natureza pode fazer por nós”, explicou por telefone à AFP o diretor de conservação da SZL, Jonathan Baillie.
“Os governos precisam assumir a responsabilidade e declarar se estas espécies são inestimáveis ou inúteis, se temos o direito de levá-las à extinção”, disse Baillie.
“Se não podemos salvar as 100 mais ameaçadas, que esperança há para o resto da vida no planeta?”, acrescentou.
O Congresso em Jeju, celebrado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), é realizada em meio a alertas científicos da proximidade de uma extinção em massa.
Em relatório publicado durante a Conferência Rio+20 sobre Sustentabilidade, em junho, a IUCN informou que de 63.837 espécies analisadas, 19.817 corriam o risco de extinção devido ao esgotamento de seu habitat, ao aquecimento global e à caça.
Segundo o documento, uma atualização da conhecida “Lista Vermelha” das espécies em extinção, corriam o risco de desaparecer 41% de espécies de anfíbios, 33% de corais construtores de recife, 25% de mamíferos, 20% de plantas e 13% de aves.
Especialistas alertam que até hoje a ciência só identificou formalmente apenas uma pequena parte das milhões que estimam existirem no planeta, muitas delas microscópicas.
Fonte: AFP
A lista compilada pela Sociedade Zoológica de Londres (SZL) em um relatório intitulado “Inestimável ou Inútil?” (‘Priceless or Worthless?’, no original) inclui 100 animais, plantas e fungos que encabeçam as fileiras dos ameaçados de sumir do planeta.
“Todas as espécies listadas são únicas e insubstituíveis. Se desaparecerem, nenhum dinheiro no mundo poderá trazê-las de volta”, disse a co-autora do estudo, Ellen Butcher.
“Se agirmos imediatamente, podemos dar a elas uma chance de lutar pela sobrevivência. Mas isto exige que a sociedade apoie a posição moral e ética de que todas as espécies têm o direito inato de existir”, acrescentou Butcher.
O relatório da SZL foi publicado na ilha Jeju, na Coreia do Sul, onde 8.000 autoridades governamentais, representantes de ONGs, cientistas e diretores de negócios de 170 países estão reunidos no Congresso Mundial de Conservação.
Os conservacionistas temem que as espécies incluídas na lista, como o camaleão-tarzan de Madagascar e a preguiça-anã de três dedos do Panamá, desapareçam porque não fornecem aos humanos benefícios evidentes.
“O mundo todo se tornou mais utilitarista e observador do que a natureza pode fazer por nós”, explicou por telefone à AFP o diretor de conservação da SZL, Jonathan Baillie.
“Os governos precisam assumir a responsabilidade e declarar se estas espécies são inestimáveis ou inúteis, se temos o direito de levá-las à extinção”, disse Baillie.
“Se não podemos salvar as 100 mais ameaçadas, que esperança há para o resto da vida no planeta?”, acrescentou.
O Congresso em Jeju, celebrado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), é realizada em meio a alertas científicos da proximidade de uma extinção em massa.
Em relatório publicado durante a Conferência Rio+20 sobre Sustentabilidade, em junho, a IUCN informou que de 63.837 espécies analisadas, 19.817 corriam o risco de extinção devido ao esgotamento de seu habitat, ao aquecimento global e à caça.
Segundo o documento, uma atualização da conhecida “Lista Vermelha” das espécies em extinção, corriam o risco de desaparecer 41% de espécies de anfíbios, 33% de corais construtores de recife, 25% de mamíferos, 20% de plantas e 13% de aves.
Especialistas alertam que até hoje a ciência só identificou formalmente apenas uma pequena parte das milhões que estimam existirem no planeta, muitas delas microscópicas.
Fonte: AFP
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