terça-feira, 17 de julho de 2012

Corais do Caribe são mais vulneráveis, diz estudo


Tartaruga nada por corais (Foto: Image Source/AFP)
Os recifes de corais estão ameaçados em todo o planeta devido à acidificação dos oceanos, mas o efeito é sentido de forma diferente ao longo do planeta. Uma pesquisa publicada nesta semana mostrou que os corais do Caribe são mais vulneráveis que os do Índico e do Pacífico.
A acidificação dos mares é uma consequência das emissões de carbono da atmosfera. A água capta esse carbono e se torna mais ácida. Estruturas rígidas como as conchas de ostras e o esqueleto dos corais são as mais afetadas pela alteração química.
Os corais são animais que se fixam em colônias e servem de habitat para outras espécies. Por isso, qualquer fenômeno que os afete tem grande efeito sobre toda a região, inclusive sobre atividades humanas.
Um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, comparou dados de corais obtidos entre 1965 e 2010 sobre corais do Caribe e da chamada região Indo-Pacífica, que abrange a Oceania. O resultado revelou que os corais da Oceania, incluindo a Grande Barreira de Corais da Austrália, se recuperam mais rapidamente de danos sofridos.
Os resultados, no entanto, não significam que a Austrália esteja menos ameaçada pela acidificação dos oceanos. “O que isso indica é que os recifes indo-pacíficos devem responder melhor à proteção, e passos que dermos para mantê-los saudáveis têm maior chance de sucess”, afirmou George Roff, autor do estudo.
Os cientistas não têm certeza de por que os corais da Oceania se tornam mais resistentes, mas apontaram algumas hipóteses. Uma delas é o vento, que leva areias do deserto do Saara para o Caribe e deixa a água rica em ferro – o que provoca um crescimento exagerado de algas. Outra possibilidade é a ação dos peixes herbívoros, mais abundantes na Oceania, que controlam o excesso dessas algas.
A pesquisa foi publicada pela revista científica “Trends in Ecology and Evolution” e apresentada no Simpósio Internacional de Recifes de Corais, em Cairns, na Austrália.
Fonte: G1

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