“Quem vai se responsabilizar pelos danos morais causados aos profissionais das equipes de Saúde”? É o que questionou, nesta quinta-feira (19), o prefeito de Sorocaba Vitor Lippi, no início da coletiva de imprensa, convocada após as centenas de manifestações de cidadãos, revoltados com as mortes dos 30 animais. Os corpos foram encontrados, anteontem, no freezer da Unidade de Controle Animal da Zoonoses, retirados e fotografados por protetores de animais.
As imagens dos 27 cães (24 filhotes e três adultos) e três gatos foram divulgadas, de forma viral, na rede e fomentaram diversos tipos de comentários.
Até uma página do Facebook foi criada referindo-se ao prefeito como assassino.
O veterinário da Zoonoses, José Luis Chiquito, diz que há um cadastro de cada um dos animais que entra na entidade. Por exemplo, dos 24 filhotes, 10 foram sacrificados no dia 17 de julho e 14 na semana anterior. Dos três gatos encontrados, um morreu porque tinha sido atropelado, um estava com suspeita de raiva e o outro tinha amanhecido morto.
Chiquito explicou que a coleta dos corpos dos animais é feita por uma empresa especializada e que ela não recolhe um corpo apenas. “Por isso, os animais ficam no freezer. Isso acontece em qualquer Zoonoses, de qualquer cidade”, explica.
Investigação
O caso está sendo apurado pela Delegacia Especializada de Proteção Animal de Sorocaba e pelo Ministério Público.
“Eu instaurei inquérito civil hoje [ontem] para apurar o ocorrido”, conta o promotor público Jorge Alberto de Oliveira Marum. Assim que receber o ofício do Ministério Público, a Prefeitura de Sorocaba terá 30 dias para dar todas as explicações.
A delegada Cássia Almagro Mezzono diz que ontem mesmo começou a ouvir depoimentos de protetores de animais, voluntários de ONGs (organização não-governamental) da cidade.“Cinco cachorros e um gato foram encaminhados para a necrópsia e o laudo deve sair em até 30 dias”, afirma. Para esse exame são retirados os órgãos dos animais e enviados para um laboratório que é fora de Sorocaba.
Se for constatado que os animais estavam saudáveis ou que não houve motivo para o sacrifício, a polícia civil responsabilizará o responsável pela determinação das mortes, de acordo com o Artigo 32, parágrafo segundo, da Lei 9605.
Marum lembra que há alguns anos atrás, houve uma denúncia de maus-tratos à animais na Zoonoses. “Fizemos a investigação junto como Ibama e com o Conselho Regional de Medicina Veterinária, mas na época nada foi constatado”, diz.
Fonte: Rede Bom Dia
Não sei qual a causa do veterinário estar tão preocupado com a sua reputação. Quem não deve, não teme, após as necrópsias, segundo ele, ficará provado que nenhum animal sadio foi morto. Tem caroço debaixo desse angu.
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