09/12/11
Por: Leonardo Bezerra
Até 10 de Dezembro de 1948, nem sequer os humanos tinham seus direitos reconhecidos e respeitados. Nesse dia foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Naquela época, para reconhecer os direitos do homem, já foi difícil, imagine-se para reconhecer os animais numa época em que muitas pessoas ainda eram vistas quase como escravos.
De toda maneira, os esforços da Organização das Nações Unidas, idealizado principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá ajudado por pessoas de todo o mundo, principalmente dos Estados Unidos, França, China e Líbano, entre outros, acabou por delinear a referida declaração.
Ativistas sempre pensavam e viam os animais da mesma forma que humanos, seres com a mesma vida e os mesmos sentimentos, os mesmos órgãos dos sentidos que permitem tanto a uns quanto a outros as mesmas emoções e as mesmas dores. Portanto, impossível desvincular um tipo de vida da outra, ou mesmo injusto faze-lo.
Por outro lado, milênios de tradições equivocadas, todas promovendo verdadeiros massacres aos animais, desde a caça, rituais, transformação de animais em alimentação e produtos, tornavam o simples fato de querer defendê-los, como algo absurdo para aquele tipo de mentalidade.
Apesar da extrema ignorância humana com relação à ética ligada aos animais, onde homens de pleno século XXI ainda agem como homens das cavernas quando se trata do relacionamento com os animais, um corajoso cientista, Georges Heuse, e ativistas levaram uma proposta para a Declaração Universal dos Direitos Animais à UNESCO em 15 de Outubro de 1978, em Paris.
Parece estranho, mas os direitos dos animais não são comemorados no dia Mundial dos Animais, em Outubro, nem no já referido 15 de Outubro, mas sim no mesmo dia em que se comemora o Dia dos Direitos Humanos, 10 de dezembro. Isto porque os ativistas não vêem nenhum sentido em desvincular os animais do animal humano no que se refere aos direitos, assim comemora-se o Dia Internacional dos Direitos dos Animais, no mesmo dia dos Direitos Humanos. Esta comemoração na verdade é um alerta para lembrar que não apenas os humanos merecem ter direitos, mas sim todas as criaturas.
Claro que isto tem gerado os mais amplos debates. Por sorte, tanto a ética quanto a lógica, apesar de humanas, são exatas, querendo ou não ninguém pode fugir da realidade dos animais. Ninguém é capaz de provar que não sentem o mesmo que os humanos. Assim, tudo é uma questão de tempo, assim como foi uma questão de tempo à percepção de que a escravidão era errada e de que todas as formas de discriminação são erradas.
Claro que isto tem gerado os mais amplos debates. Por sorte, tanto a ética quanto a lógica, apesar de humanas, são exatas, querendo ou não ninguém pode fugir da realidade dos animais. Ninguém é capaz de provar que não sentem o mesmo que os humanos. Assim, tudo é uma questão de tempo, assim como foi uma questão de tempo à percepção de que a escravidão era errada e de que todas as formas de discriminação são erradas.
O mundo hoje já não é o mesmo. Os meios de comunicações vieram unindo as pessoas de uma forma nunca vista. Isto possibilitou uma maior liberdade, uma união internacional por uma causa em comum. Isto tem favorecido muito a causa animal, dando aos defensores ferramentas jamais imaginadas. Assim, nesse 10 de dezembro, milhares de pessoas em todo o mundo estarão unidas em manifestações pelos direitos dos animais.
Uma das manifestações que vem marcando esse dia de forma muito forte é a realizada na Espanha e vários países onde a Organização Igualdad Animal, age. Dessa vez, 450 pessoas estarão em Madrid segurando cadáveres de animais, para representar o repudio a essas mortes e todo tipo de crueldades contra esses seres que embora em corpos diferentes, em nada diferem de nós os chamados humanos.
Jornal dos animais
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