Parafraseando Charlie Chaplin, ‘quem alimenta um animal faminto, alimenta a própria alma’. E é assim, de alma alimentada que a policial civil Ivone da Costa Galindo, reúne forças para manter sozinha os mais de 140 gatos, oito cachorros e um coelho que resgatou acidentados ou em situação de risco das ruas de Cuiabá e Várzea Grande.
Há exato um ano ela fundou a Organização para Proteção do Meio Ambiente e dos Animais (OPAA), sociedade civil sem fins lucrativos, destinada à proteção do meio ambiente e aos direitos dos animais e, nesse tempo todo, não há um dia sequer que ela não cuide, lave, limpe e alimente todos esses bichinhos para garantir o mínimo de dignidade a eles enquanto espera que alguém de bom coração chegue para adotá-los.
“Eu sempre fiquei muito sensibilizada com sofrimento dos animais. Sempre cuidei de vários na porta de casa. O que aconteceu é que com o tempo as pessoas descobriram que eu gostava e começaram a abandonar os bichos na minha porta. Para não deixá-los desamparados fui recolhendo. Outros animais eu encontrei em situação de extremo sofrimento na rua, atropelados, filhotes, que sabia que se deixasse iriam morrer. E assim o número foi crescendo, não dá para virar as costas para eles”, explica.
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O número de animais cresceu tanto a ponto de Ivone ter que sair de casa e deixar sua residência só para abrigar os bichos. “Tive que alugar uma casa pra mim e deixar a minha para eles por que não tinha mais onde deixá-los. Hoje a situação é difícil por que o gasto mensal gira em torno de R$ 3.500 entre ração, veterinário, medicamentos e produtos de limpeza”, diz Ivone que arca com tudo praticamente sozinha.
Segundo Ivone, o volume de adoção dos animais relacionado ao número que entra no abrigo ainda é muito pequeno. “Deixando de lado a questão emocional, do amor aos animais que na verdade é o que me move, vamos supor que o poder público não se interesse pela causa animal, eu acredito que ele tenha que ajudar da mesma forma, por que é uma questão ambiental, de saúde pública. Ao menos com isso com isso o governo, o poder público tem que se sensibilizar”, afirma.
De acordo com ela, não há como dissociar a causa ambiental/de saúde pública, com a causa animal.
“Animais de rua podem transmitir doenças como toxoplasmose, raiva, leishmaniose, leptospirose e tantas outas zoonoses. Nosso sonho enquanto ONG hoje é que o poder público ou que alguém nos ajude doando um terreno com um espaço adequado para que esses animais sejam abrigados”, afirma.
“Animais de rua podem transmitir doenças como toxoplasmose, raiva, leishmaniose, leptospirose e tantas outas zoonoses. Nosso sonho enquanto ONG hoje é que o poder público ou que alguém nos ajude doando um terreno com um espaço adequado para que esses animais sejam abrigados”, afirma.
A OPAA também precisa de doações de ração para gato e produtos de limpeza, medicamentos, fraldas para os animaizinhos com incontinência urinária e intestinal. Quem quiser ajudar pode entrar em contanto por meio da fan page no Facebook ou pelos telefones 99681998/ 92755362/84431766/81420633.
Manifestação:
Neste sábado, dia 12, a partir as 16 horas, a ONG marcou uma manifestação na Praça Alencastro contra a diminuição de penas e descriminalização de alguns atos contra animais na revisão do novo Código Penal, que está sob relatoria do senador mato-grossense Pedro Taques (PDT).
A OPAA junto à outras Ongs de proteção contra maus-tratos a animais convida toda sociedade que compareça ao local para protestar também.
Fonte: Olhar Direto
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