quinta-feira, 10 de abril de 2014

Estudo: Reduzir consumo de carne e leite é essencial para lidar com as mudanças climáticas

gado 300x250 Estudo: Reduzir consumo de carne e leite é essencial para lidar com as mudanças climáticas
Nick Saltmarsh. Foto: Flickr
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, calcularam que as emissões de óxido nitroso e de metano provenientes da agropecuária passarão das 7,1 gigatoneladas de CO2 equivalente (GTCO2e) registradas no ano 2000 para mais de 13 GTCO2e em 2070.
Isso significa que, mesmo se cortarmos as emissões de gases do efeito estufa resultantes da queima de combustíveis fósseis, ainda assim seria impossível alcançar a meta de limitar o aquecimento global em 2C, o recomendado por cientistas para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
“Na segunda metade do século, haverá muito mais pessoas no planeta. Dietas ricas em carne e queijo devem ficar mais comuns. Mesmo levando em conta esperadas melhoras na produtividade, estimamos que as emissões globais da agropecuária possam dobrar nos próximos 50 ou 60 anos. Apenas isso já deixaria a meta dos 2C impossível”, afirmou Fredrik Hedenus, um dos autores do estudo.
Para chegar aos 13 GTCO2, o estudo incluiu as emissões do uso do solo, manejo do gado e do processo digestivo dos animais.
Os pesquisadores destacam que, se grandes investimentos forem feitos para melhorar as tecnologias de produção, as emissões poderão ser contidas a 7,7 GTCO2e em 2020.
Mas, mesmo assim, seria necessário alterar a nossa dieta para que as emissões do setor realmente caíssem. Em alguns cenários, o corte na frequência do consumo de carne pode levar a uma redução de até 3 GTCO2e.
“A menos que a tecnologia avance em um ritmo sem precedentes, concluímos que reduzir o consumo de carne de ruminantes e de laticínios será indispensável para alcançar a meta dos 2C”, aponta o estudo.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Fonte:envolverde

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