quarta-feira, 9 de abril de 2014

Coelhos são explorados como produtos durante a Páscoa


coelho
Parece uma ótima surpresa: a criançada recebe, junto com o ovo de chocolate, um fofinho e peludo coelhinho – de verdade. Mas e depois da festa, quem é que vai cuidar do animal?
Os resultados são sentidos de perto por quem atua na área: “Há casos tristes de abandono de coelhos em praças ou ainda entregues a pessoas carentes, que muitas vezes os matam para se alimentarem”, esclarece a veterinária da ARCA Brasil, Rosângela Ribeiro.
Roedores compulsivos, os dentes incisivos dos coelhos crescem constantemente, por isso é necessário cuidado redobrado com fios elétricos, brinquedos e pequenos objetos. “São animais muito dóceis, mas quando em situações de perigo ou ameaça podem morder ou arranhar com muita força. Possuem esqueleto muito frágil e qualquer queda ou trauma pode levar a fraturas sérias”, informa a veterinária.
Para criar um coelho, assim como qualquer outro animal de companhia, é preciso espaço físico adequado, tempo e dinheiro para gastar com alimentação, abrigo e visitas ao veterinário.
Os coelhos não são mercadorias ou meros presentes. São seres vivos que vivem em média de 6 a 8 anos, possuem necessidades e comportamento peculiares e portanto não podem ser tratados como simples “brinquedos de Páscoa”.
O que acontece com os coelhos dados “de presente” em época de páscoa?
Uma pesquisa realizado com alunos de uma Escola Municipal de São Paulo antes da Páscoa de 2007 apontou que:
De cada 100 alunos, 30 haviam sido presenteados com coelhos na Páscoa de 2006.
Destes:
- 20% relatou que “o coelho fugiu”;
- 50% relatou que o coelho ficou com diarréia e morreu – alimentavam o animal com alface ou batatas (alimentos impróprios para a espécie);
- 30% relatou que o coelho cresceu muito e o pai disse que “levou para um sítio” ou “deu para um amigo”.
Apenas um aluno levou o coelho a um veterinário quando o animal adoeceu mas não conseguiu salvá-lo.
Ou seja, em menos de um ano, nenhum aluno tinha o coelho em sua companhia.
Todos os alunos disseram que gostavam do coelhinho e muitos contaram momentos felizes que viveram com eles.
No entanto, metade deles, matou o animal dando alimentação errada e outra metade deve ter fornecido o coelho para o consumo de pessoas que apreciam carne de animais.
Triste realidade para os coelhos (animais que podem viver até 10 anos) e triste experiência para as crianças que não aprenderam a valorizar a vida de um animal.
Fonte: Veggi & Tal
De: anda.jor

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