quarta-feira, 9 de abril de 2014

3.500 leitões criados para consumo humano morrem em incêndio em fazenda no Canadá

Foto: Care2
Foto: Care2
De acordo com moradores locais, este foi um dos piores incêndios agrícolas em muitos anos, em Saskatchewan, no Canadá. Um fogo intenso levou um celeiro de porcos à total ruína no dia 31 de março. No local havia 3.500 leitões confinados, com idades de três a 10 semanas. Eles não tiveram chance – cada um deles pereceu no incêndio. As informações são da Care2.
Este é o destino trágico e terrível que centenas de milhares de animais criados para consumo humano experimentam a cada ano. Quando os bombeiros e a polícia chegaram, já era tarde demais. Eles viram a fumaça que saía do celeiro, que foi completamente engolido pelas chamas logo em seguida.”Havia muita fumaça”, disse o chefe dos bombeiros Barry Hooper à CBC News. “O edifício inteiro estava envolvido em fumaça e fogo. O que se pode fazer em situações como estas e com os recursos que temos é muito limitado”.
O celeiro em chamas. Foto: Divulgação
O celeiro em chamas. Foto: Divulgação
O complexo Big Sky Farms é de propriedade da Olymel, o segundo maior produtor de suínos no Canadá. Atua sob o nome de OlySky. Segundo relatos, apesar de perder 3.500 leitões, este incidente não afetará a produção da empresa nas áreas de Saskatchewan e Manitoba.
A OlySky informou que tem 41 mil matrizes em outros locais, trabalhando para produzir mais leitões para alimentar a demanda mundial por bacon e presunto. Segundo a reportagem, esses 3.500 leitões perdidos representam “uma gota no oceano”, em comparação com um milhão de leitões que as porcas estão procriando para a empresa todos os anos só naquela região.
No entanto, em um comunicado à imprensa, a OlySky disse que estava “triste com a perda de 3.500 porcos”. Pode-se ler nessa expressão que a empresa estava triste com o prejuízo financeiro ou, se isso era “uma gota no oceano”, supostamente falou isso apenas para parecer consternada com o fato.
Centenas de milhares de animais criados para consumo humano morrem em incêndios todos os anos.
Essas notícias geralmente não aparecem nos noticiários, mas todos os anos, esses acontecimentos tiram a vida de inúmeros animais indefesos. Exemplos recentes nos Estados Unidos e no Canadá incluem:
Janeiro de 2014 – 3.700 porcos mortos em um incêndio no celeiro New Horizons, nas proximidades de Hardwick, em Minnesota;
Fevereiro de 2014 – 300.000 frangos mortos em um incêndio na fazenda S & R Egg Farm em La Grange, Wisconsin;
Fevereiro de 2014 – 1.000 porcos mortos em um incêndio em celeiro da região de Lafayette, em Minnesota;
Março de 2014 – 1.300 porcos mortos em incêndio em um celeiro em Ontário, no Canadá;
Abril de 2012 – 500.000 frangos mortos em um incêndio em uma avícola no Condado de Weld, no Colorado;
Junho de 2011 – 23.000 frangos mortos em um incêndio na fazenda Sparks Egg Farm em Calgary, no Canadá.
Incêndios de grandes proporções em fazendas acontecem todo o tempo, e no mundo todo. As vítimas desses incidentes são, em sua grande maioria, porcos e frangos, pois esses animais são tipicamente amontoados em pequenos espaços para maximizar o uso da área disponível.
Uma combinação de fatores faz com que os incêndios em locais de criação de animais para consumo sejam comuns e devastadores. As instalações de criação desses animais são em áreas rurais, o que significa uma grande distância dos centros urbanos e portanto mais tempo para obter ajuda dos bombeiros. Muitos desses incidentes acontecem à noite, e não são descobertos até que as chamas atinjam toda a estrutura.
Um local fica envolvido em fumaça dentro de três a quatro minutos, desde que o incêndio começa, e a estrutura inteira, dentro de seis minutos.
Nos Estados Unidos, a lei não exige que as fazendas de confinamento de animais sejam equipadas com extintores e outros sistemas de segurança contra incêndios. Em 2012, a National Fire Protection Association (NFPA) aprovou uma emenda que previa o requerimento de itens de segurança para locais de criação de animais para consumo, mas uma coalizão de empresas do setor agropecuário americano entrou com um recurso contrário, alegando que isso era “muito caro”.
“Quando se encontram em meio a um incêndio, os animais não entendem por que não podem respirar ou por que estão em tal agonia”, disse Joe Scibetta, membro do Comitê Técnico da NFPA que ajudou a redigir a emenda. “Eles, no entanto, percebem e estão conscientes das terríveis sensações de queimação, asfixia, e dor”.
fonte:anda.jor

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