Rene Moreira - Especial para O Estado
FRANCA - Cerca de duas toneladas de peixes apareceram boiando na tarde desta segunda-feira, 7, no Rio Piracicaba, entre os municípios de São Pedro e Piracicaba. Um grupo de turistas que tinha como guia o ambientalista Luís Fernando Magossi foi quem descobriu a mortandade durante um passeio de barco. Magossi também preside o Instituto Beira Rio, ONG que trabalha pela preservação da região.
Divulgação
O ambientalista contou que havia peixes de até 10 quilos boiando um pouco antes de onde se formam as lagoas do Tanquan, como é conhecida uma área onde fica uma colônia de pescadores.
"Foi uma cena chocante, algo muito triste mesmo", disse o ambientalista ao Estado.
O que fez os peixes morrerem ainda será objeto de análise, mas a causa pode ser a mesma que levou à morte de cerca de 20 toneladas, segundo a ONG, neste mesmo rio, em fevereiro passado: a falta de oxigênio. Segundo laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), alguns trechos do rio ficaram sem oxigênio por causa da falta de chuva.
Na ocasião, a mortandade ocorreu no perímetro urbano de Piracicaba, cidade que tem o rio como sua grande marca, e envolveu piaus, mandis, jurupecens, dourados, cascudos, entre outros. Dessa vez, os peixes estavam entre o Tanquan e o Poço do Lajeado, passando pelo chamado Paredão Vermelho.
Seca. A região abriga grande diversidade de espécies e entre os peixes mortos estão mandis, piaparas, corvinas e pintados. De acordo com Magossi, a vazão do rio está em torno de 27 metros cúbicos de água por segundo, quando nesta época do ano deveria estar entre 80 e 150. "É uma situação preocupante e, se ninguém fizer nada, não sei o que vai acontecer."
fonte: estadao
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