terça-feira, 1 de maio de 2012

É demais! A Terra está sendo dizimada


Califórnia/EUA

Agência federal mata mais de 7 mil animais por engano em armadilhas

Animal é atingido por armadilha (Foto: Welfare Institute)
A Agência de Vida Selvagem da Califórnia, nos EUA, instala poderosas armadilhas na região das águas para capturar principalmente os castores, pois estes são considerados ameaça aos parques aquáticos da região. As informações são do jornal The Sacramento Bee.
Com esse intuito cruel, as tais armadilhas, chamadas “armadilhas de aderência”, que consistem em duas barras quadradas de aço que encaixam como as mandíbulas de um crocodilo – mataram mais de 7.800 animais por engano nos últimos seis anos, mais do que qualquer outro instrumento até então.
A lista de vítimas mortas por engano desde 2000 inclui mais de 85 espécies, a maioria sendo de animais nativos e muitos animais aquáticos, desde patos até tartarugas e jacarés. No entanto, nada traz mais preocupação que a lontra de rio, que é foco dos esforços de preservação.
“As pessoas adoram vê-las”, disse Megan Isadore, co-fundadora do Projeto de Preservação da Lontra de rio na Bay Area. “Elas são animais carismáticos. São brincalhonas, bonitas e um pouco tímidas. Assim, quando você vê uma, é muito empolgante.”
Na ocasião, as lontras são mortas de propósito quando ameaçam as instalações aquáticas. Mas 84 por cento das lontras capturadas em armadilhas da agência de Vida Selvagem desde 2006 – 2.350 dos 2.800 animais – foram mortas por engano, conforme mostram alguns relatórios.
“A imagem do governo federal matando acidentalmente centenas de lontras todos os anos é especialmente lamentável tendo em conta o dinheiro e esforço despendido em pelo menos 21 estados para reintroduzir este membro à sua fauna nativa”, escreveu Michael Mares, presidente da Sociedade Americana de Estudos de Mamíferos em carta enviada à Agência de Serviços de Vida Selvagem em março.
Registros da agência mostram que para cada 45 castores mortos de propósito pelas armadilhas desde 2006, uma lontra morreu por acidente. As tartarugas são vítimas freqüentes, também. Noventa e nove por cento das mortes de tartarugas nas armadilhas não foram intencionais. “Nós só fazemos o que podemos para minimizar isso”, disse William Clay, vice presidente da Agência.
As cruéis armadilhas de aderência foram inventadas no Canadá em 1957 e são consideradas mais “humanas” do que outras armadilhas, porque muitas vezes matam rapidamente por esmagamento do pescoço do animal ou – quando colocadas debaixo d’água – por afogamento.
Não há armadilha “humana”, e nem sempre a morte é rápida. Por exemplo, a armadilha que pegou Maggie, uma cachorra mestiça de Setter Irlandês com Border Collie que era tutelada por Denise e Doug McCurtain em Oregon, levou pelo menos 20 minutos para acabar com sua vida no ano passado.
“Ela ainda estava respirando. Seus olhos estavam abertos”, disse Denise McCurtain que correu para o lado de Maggie para ajudar o animal a se libertar da armadilha perto de uma lagoa do bairro.
“A dor no olhar dela quando eu fui lá, eu vou ser assombrada por isso para sempre. Não há nada de humano nisso tudo, absolutamente”, disse Denise.
fonte: anda

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