A Associação Protetora dos Animais de Americana e São Francisco de Assis realizou, ontem, no Centro de Americana, uma manifestação contra os maus-tratos de animais. O protesto, que começou às 9h30 e durou três horas, fez parte da II Manifestação Nacional Contra Vivissecção e Experimentação Animal, um movimento que aconteceu em âmbito nacional.
A manifestação, iniciada na Praça David Garcia e dirigida até o Mercado Municipal, contou com cerca de 30 participantes. Paralelo ao manifesto, a organização também coletou, na cidade, assinaturas para a petição de mudanças no Código de Processo Penal pelo avanço na proteção aos animais.
A vivissecção é a ação de dissecar animais, ainda vivos, para realizar experiências científicas ou estudos em faculdades. Na terminologia dos defensores dos animais, no entanto, é qualquer uso feito com animais vivos em testes laboratoriais ou práticas médicas. “É um ato horroroso. Uma vez uma empresa de cosméticos fez uma experiência com um coelho, em que ele teve que ficar sete dias com o olho aberto, só para saber se o xampu que eles iam lançar não ardia os olhos”, lembrou, indignada, a assessora da secretaria de Governo da prefeitura, Eliana Sanches, uma das organizadoras do movimento.
A estudante de Biologia da USP (Universidade de São Paulo), Natália Carvalho, assinou a petição pelas mudanças no Código de Processo Penal, porém contou que o assunto é uma polêmica em sua universidade. “A gente precisa dissecar animais em algumas matérias da faculdade. Às vezes, somos nós mesmos que os matamos. Eu tenho muita dó, mas tem gente que diz que acostuma”, expôs a estudante. “Mas, se as experiências em animais fossem proibidas, não sei como a gente faria para estudar”, completou.
A empresária Cristiane Marques, outra organizadora do movimento, disse que o artigo 1° Direito Universal dos Direitos dos Animais, de 1978, declara que “Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência” e que se a petição sugere penas mais graves e multas mais altas àqueles que desrespeitarem esse direito. Ela explicou que hoje já existem métodos alternativos às pesquisas com experimentação animais, como a cultura de células, tecidos e órgãos.
Fonte: TodoDia
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