Cavalos, gatos, cachorros e até tartarugas são cada dia mais usados como ferramentas em tratamentos
Eles não têm preconceitos, não olham cara (só coração) e fazem amizade facilmente com qualquer um que lhes dê carinho. São amigos que não fazem perguntas nem críticas.
Com todos esses predicados, os bichos de estimação estão cada vez mais fazendo parte dos prontuários terapêuticos, ajudando o homem a cuidar de sua saúde e a lidar com suas limitações. Eles atuam para amenizar desde questões simples de comportamento, como timidez ou falta de disciplina, até patologias graves, como síndrome de down. Na terapia assistida por animais, além das estrelas de quatro patas ou de asas, atuam também profissionais como psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pedagogo ou terapeuta ocupacional.
A espécie mais comum envolvida nesse tipo de trabalho é, sem dúvida, o cachorro. Porém, é possível montar um zoológico com todos os tipos de animais que estão entrando nessa onda, onde as especificidades de cada um é aproveitada de maneira diferente em cada tratamento. Confira alguns exemplos:
Golfinhos
> A terapia assistida por golfinhos é praticada em países como EUA, Japão, México e também no Brasil, onde pode ser chamada de bototerapia. Há pesquisadores que dizem que nadar com golfinhos traz ganhos para o sistema imunológico humano e ajuda o bem-estar psicológico. Porém, há críticos que declaram que não há benefícios a longo prazo nessa prática.
Cavalos
> A equoterapia também já é uma prática bastante conhecida. Em Bauru, o De Jonghe Treinamento é um lugar que oferece a terapia não só para patologias, mas também para adultos e crianças que não têm limitações neuromotoras ou cognitivas, mas que sofrem com estresse ou querem buscar outros estímulos para o seu desenvolvimento. A psicóloga Janaina Macena diz que os pontos que mais chamam a atenção nessa prática são: o tamanho do animal que impõe respeito; a possibilidade de se enxergar o mundo em uma outra dimensão, principalmente para crianças e cadeirantes; e a melhora na auto-estima que o indivíduo tem ao montar. Além disso, a equitação possibilita ganhos motores, como a melhora postural. Por fim, o ambiente bucólico, ao ar livre é sempre um convite ao relaxamento.
Cachorros
> A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em Bauru já trabalha continuamente há dois anos com o programa de pet terapia. A psicóloga Kellen Cristina Florentino conta que, por lá, o trabalho consiste em usar animais para ajudar a desenvolver em crianças e adolescentes, com deficiência intelectual múltipla e transtornos globais do desenvolvimento, desde a coordenação motora até a sociabilidade. Rebatendo críticas que dizem que a terapia assistida por animais provoca uma melhora no humor e interatividade apenas temporária, as profissionais da Apae acreditam que a terapia é um “trabalho de formiguinha” que, aos poucos, desenvolve de maneira definitiva as capacidades dos alunos. As sessões são feitas em grupo e duram aproximadamente uma hora. Os cães são voluntários, passam por uma seleção prévia e são acompanhados por uma equipe de veterinários.
Outros
> Porquinhos-da-índia e coelhos anões são usados para desenvolver a coordenação motora. Por outro lado, papagaios entram em terapias com autistas. Já tartarugas são usadas para combater casos de ansiedade e agitação.
Na Capital
> Em São Paulo, o Inataa (Instituto Nacional de Ações eTerapias Assistidas por Animais - www.inataa.org.br) é uma instituição sem fins lucrativos que leva a pet terapia para hospitais e asilos da Capital e também oferece curso de formação para profissionais
da área.
Voluntários
> A Apae está sempre em busca de cachorros voluntários. Se você tem um cão bastante dócil, que adora ser paparicado e ainda lhe sobra tempo suficiente para assumir a responsabilidade desse trabalho, então, entre em contato com a instituição para marcar os testes.
O telefone de lá é o
.
De Jonghe Treinamento
Onde: rua Mário dos Reis Pereira, 3-139, Residencial Colina Verde
Informações:
e 8807-1647
Nem todo os cachorros são aptos à tarefa
Existem raças que são mais propícias ao trabalho, como os labradores e golden retrievers. Além dessas raças, a Apae conta hoje com dois lhasas apsos como voluntários. Porém, o mais importante é o temperamento do animal.
2008
É o ano em que a Inataa, uma das maiores instituições de Terapia Assistida do país, foi fundada. A ONG também trabalha com treinamento e entrega de cães de serviço e assistência.
É sucesso com a terceira idade
Pets estimulam o contato e exercitar habilidades cognitivas como a memória afetiva
2 anos é a idade do aluno mais novo no De Jonghe
redebomdia
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