Os ursos polares, cuja população total é bem menor do que a de seus primos marrons e negros, sofrem redução no seu habitat no Ártico devido às mudanças climáticas globais que estão aquecendo o planeta. E os cientistas agora descobriram marcas desse processo nos próprios genes desses grandes animais.
Mudanças climáticas no passado diminuíram os locais onde viviam os ursos polares. Saindo das geleiras e passando ao continente, eles passaram a ter mais contato com os marrons. Ao cruzarem entre si, o resultado foi parar no material genético.
A equipe internacional de 26 pesquisadores de 13 instituições, coordenada por Charlotte Lindqvist, da Universidade de Buffalo, EUA, comparou os genomas de espécimes atuais das três espécies de ursos e de um urso polar fóssil com entre 110 mil e 130 mil anos de idade. O estudo foi publicado em edição recente da revista científica “PNAS” revelando o que os pesquisadores chamaram de “pegadas demográficas da mudança climática passada”.
“Os cientistas estimam que existam entre 20 mil e 25 mil ursos polares hoje. O número de ursos marrons têm declinado com a perda de habitat. A população total pode hoje estar em torno de 200 mil”, disse Lindqvist à reportagem. Já o menor dos três, o urso negro americano, é bem mais numeroso. Contando as populações nos Estados Unidos, Canadá e México, o número chega perto de um milhão de ursos.
O urso polar está plenamente ambientado a viver no frio do Ártico; são principalmente comedores de focas, especialmente da sua gordura. Não é por acaso que seu nome científico é “Ursus maritimus”.
Por isso quando o tempo esquenta, suas populações diminuem. Existem hoje 19 “subpopulações” do animal em cinco países: Canadá, EUA (no estado do Alasca), Rússia, Noruega e Groenlândia. Destas, apenas uma está aumentando seus números; oito estão diminuindo; três estão estáveis; e não há dados sobre as outras sete. Foi feita uma análise mais detalhada do genoma completo de um urso polar, três marrons e um negro, além de um sequenciamento menos detalhado do genoma de 23 outros polares (incluindo o fóssil).
O estudo revelou também que a “divergência”, a separação evolutiva entre os ursos polar e marrom de um ancestral comum, ocorreu cerca de quatro ou cinco milhões de anos atrás. Antes deste estudo achava-se que a divergência tinha sido bem mais recente, há meros 600 mil anos.
Em um caso que os pesquisadores consideram “enigmático”, os ursos marrons do arquipélago Alexander, no Alasca, compartilham entre 5% a 10% do seu DNA com ursos polares.
As diferenças no material genético ajudariam a explicar a adaptação dos ursos aos seus ambientes bem diferentes. Por exemplo, a pigmentação branca dos ursos polares, ou a alta taxa de gordura do seu leite.
Fonte: Gazeta do Povo
Mudanças climáticas no passado diminuíram os locais onde viviam os ursos polares. Saindo das geleiras e passando ao continente, eles passaram a ter mais contato com os marrons. Ao cruzarem entre si, o resultado foi parar no material genético.
A equipe internacional de 26 pesquisadores de 13 instituições, coordenada por Charlotte Lindqvist, da Universidade de Buffalo, EUA, comparou os genomas de espécimes atuais das três espécies de ursos e de um urso polar fóssil com entre 110 mil e 130 mil anos de idade. O estudo foi publicado em edição recente da revista científica “PNAS” revelando o que os pesquisadores chamaram de “pegadas demográficas da mudança climática passada”.
“Os cientistas estimam que existam entre 20 mil e 25 mil ursos polares hoje. O número de ursos marrons têm declinado com a perda de habitat. A população total pode hoje estar em torno de 200 mil”, disse Lindqvist à reportagem. Já o menor dos três, o urso negro americano, é bem mais numeroso. Contando as populações nos Estados Unidos, Canadá e México, o número chega perto de um milhão de ursos.
O urso polar está plenamente ambientado a viver no frio do Ártico; são principalmente comedores de focas, especialmente da sua gordura. Não é por acaso que seu nome científico é “Ursus maritimus”.
Por isso quando o tempo esquenta, suas populações diminuem. Existem hoje 19 “subpopulações” do animal em cinco países: Canadá, EUA (no estado do Alasca), Rússia, Noruega e Groenlândia. Destas, apenas uma está aumentando seus números; oito estão diminuindo; três estão estáveis; e não há dados sobre as outras sete. Foi feita uma análise mais detalhada do genoma completo de um urso polar, três marrons e um negro, além de um sequenciamento menos detalhado do genoma de 23 outros polares (incluindo o fóssil).
O estudo revelou também que a “divergência”, a separação evolutiva entre os ursos polar e marrom de um ancestral comum, ocorreu cerca de quatro ou cinco milhões de anos atrás. Antes deste estudo achava-se que a divergência tinha sido bem mais recente, há meros 600 mil anos.
Em um caso que os pesquisadores consideram “enigmático”, os ursos marrons do arquipélago Alexander, no Alasca, compartilham entre 5% a 10% do seu DNA com ursos polares.
As diferenças no material genético ajudariam a explicar a adaptação dos ursos aos seus ambientes bem diferentes. Por exemplo, a pigmentação branca dos ursos polares, ou a alta taxa de gordura do seu leite.
Fonte: Gazeta do Povo
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